quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Conhecendo os poetas para despertar o poeta que existe em mim
CONHECENDO OS POETAS PARA DESPERTAR
O POETA QUE EXISTE EM MIM
Autora: Marisa Aparecida de Souza Oliveira
Centro Educacional SESI - Bragança Paulista
8º ano do Ensino Fundamental
Língua Portuguesa
Resumo da Sequência Didática
CONHECENDO OS POETAS PARA DESPERTAR
O POETA QUE EXISTE EM MIM
A sequência resultou do diagnóstico inicial com os educandos de que Língua Portuguesa é “muito chata” e boa parte não gostava de ler. Dado o exposto, o trilhar traça um caminho que visa conquistar os educandos, provocando sensações de prazeres trazidos pela leitura e estudos da língua permitindo reverter opiniões em curso, não se afastando da construção do conhecimento significativo de diversas competências e habilidades.
Para tal descobrir autores, poetas e relacioná-los ao nosso mundo, bem como valorizar-se a si mesmo foram fatores essenciais ao alcance de habilidades leitora e conhecedora da língua, resultando em oportunidades de recriação e prazer, gerados por cada interação de grupos, nas descobertas de cada poeta, com ações que permitiram pesquisar, repensar, opinar, refutar e recriar situações.
Contextos promissores do emocionar, revelar a vida de autores, descobertas novas, estudar as figuras de linguagem e enriquecer textos, dinamizando as aulas de Língua Portuguesa, permitindo conhecer seu contexto, provocando risos vivenciando personagens, costurando e descosturando textos, descobrindo que todo mundo tem um pouco de poeta, em muitos ainda adormecido.
Introdução
A vinda para a escola nova e a junção de duas escolas despertou muita ansiedade em todos, conhecer os novos professores, alunos, exigiram momentos de reconhecimento do grupo em todos os sentidos, ao direcionar de um trabalho eficiente, produtivo e interpessoal. Pensando no pedagógico, o diagnóstico inicial, termostato necessário, tornou-se ainda mais essencial ao traçar dos caminhos a serem percorridos em prol da eficiência de um trabalho norteador que obtivesse conquistas.
Assim, o diagnóstico inicial, deu asas para o desenvolvimento desta sequência didática, que visou despertar o gosto pela leitura, a descoberta dos prazeres gerados por ela, bem como reverter a ideia de que Língua Portuguesa é “muito chata”. Resultados apurados inicialmente, também em continuar com a sondagem dos conhecimentos prévios .
Diante da percepção, em meio a tantos elementos desmotivantes, tinha em mãos, um apoio essencial: gostavam de produzir textos e tal gosto, tornou-se o ponto de partida nas tentativas de sedução em prol do que estávamos “em negativo”.
Assim, os conteúdos tinham a missão de seduzir, ser relevante, ter significado, quebrar paradigmas e mostrar quão gostoso são seus prazeres. Partindo destas considerações, relato minhas experiências na tentativa de reverter o final desta história.
Justificativa e relevância
Dado o diagnóstico inicial, estava diante de um novo desafio: Seduzi-los! A fim de reverter tais gostos. Mas não poderia somente cobrar leituras, levá-los à biblioteca, tornar a língua estagnada, era preciso agir, tornar o educando descobridor. Em meio às inúmeras tentativas e peripécias teria de despertar o prazer pela leitura, mas sem imposições em evidência. Era o momento oportuno para que os educandos conhecessem as essências envoltas à leitura, para sentirem seu aroma, gostos diversos e possibilidades de viagens patrocinadas pela imaginação, a muitos mundos (passado, presente, futuro).
Objetivos
- Reverter ideias já enraizados;
- Conhecer a história da Língua Portuguesa e sua formação.
- Otimizar as habilidades de produzir, relacionar, opinar, refutar, oportunizando evidências para que aconteçam naturalmente;
- Permitir que os educandos conheçam poetas e autores estabelecendo relações com emoções do próprio educando.
Expectativas de Aprendizagem
Identificar, compreender e explicar os recursos expressivos intencionalmente registrados pelo autor (adjetivos, advérbios, conjunções, citações, comentários, pontuação, etc.), sabendo utilizá-los em produções textuais.
Identificar e distinguir os recursos que organizam e estruturam diferentes
gêneros de textos, tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organização textual, o contexto de produção e aspectos linguístico-discursivos dos mesmos: anúncio publicitário, canção, carta de solicitação, carta do leitor, cartum, charge, coluna, conto fantástico, crônica jornalística, debate regrado, dissertação escolar, editorial, notícias, perfil, poema, regimentos, relato de viagem, reportagens, resenha, romance, seminário, tirinhas, trailer, entre outros.
Inferir o sentido (literal ou figurado) das palavras ou expressões a partir de elementos presentes no texto e do contexto de produção.
Opinar com clareza e coerência, oralmente e por escrito, sobre o texto em estudo, tendo por referências citações do próprio texto, outras leituras e experiências pessoais.
Pesquisar, analisar e comparar informações, obras, autores e temas obtidos em diferentes fontes.
Produzir textos considerando o gênero textual em estudo, de acordo com sua função, organização textual e aspectos linguístico-discursivos, pressupondo o enunciador, o interlocutor e os meios de circulação, utilizando também os recursos coesivos da oralidade e da escrita.
Reconhecer, compreender e distinguir as marcas das variantes linguísticas orais e escritas (de espaço físico, grupo social, faixa etária, grupos profissionais, etc.), sabendo justificá-las e compará-las à variante-padrão do Português do Brasil.
Retextualizar os próprios textos, com orientação do professor, adequando-os aos gêneros orais e/ ou escritos e ao contexto de produção (interlocutores, finalidade, lugar e momento em que se dá a interação), observando a coerência e a unidade textual.
Socializar, oralmente e/ ou por escrito, as experiências de leitura de formas diversificadas.
Metodologias/ Desenvolvimento das atividades
Inicialmente selecionei diversas dinâmicas e vídeos que foram utilizadas semanalmente, a fim de possibilitar uma aproximação dos educandos, permitindo perceber parte de suas maneiras, características, costumes, formas de ler e interpretar o mundo e valorização de seu próprio eu e possibilidades de emocionar e olhar para dentro de si.
Conquistada a relação interpessoal do grupo, apresentei a eles o texto: Erro de Português, Oswald de Andrade, instigando-os a inferências no texto e estabelecer relações com o passado e a descoberta do Brasil e a implantação da Língua Portuguesa, como idioma oficial do país. Assim mergulhamos na história do Brasil, contextualizando os conhecimentos apresentados pelos educandos informalmente, somatizando-os à pesquisa e análise da Carta de Pero Vaz de Caminha. Para leitura, solicitei o contato inicial, lançando questões de inferência e dedução das situações. Por fim, fechamos o conhecimento com a dramatização da carta e o contato inicial de duas raças distintas. Aproveitei o texto para relacionar a antítese apresentada, ora vestiu, ora despiu e a opinião dos educandos diante da narração, aproveitando para sondagens de argumentação, em debate e artigos de opinião.
Em sequência, chegou a hora de dissecar o mapa do Brasil relacionando-o aos povos que imigraram e deram a miscigenação das raças. E assim evoluímos a análise e formação da Língua Portuguesa e influências dos índios, portugueses e negros. Propus que pesquisassem sobre seus antepassados e descendências. Vibrações surgiram com as socializações.
Aproveitei para lançar algumas questões sobre a língua para pesquisa e socialização, somadas a pontos de vista pessoais que deveriam ser colocadas na roda de conversa. Uma conversa dinâmica e descontraída, resultou-se, além de relações entre passado e presente, onde tiveram que escrever sobre as descobertas do Brasil nos dias de hoje, sendo eles os descobridores que relatariam a alguém as descobertas, uma retomada do gênero epistolar e sondagem do conhecimento.
As variações da Língua e suas evidências foram comparadas entre uma região e outra, aproveitei para relacioná-las com os baianos, nordestinos, gaúchos, políticos de Brasília, carioca, paulistas, mineiros, e até com os sotaques da região bragantina e as raízes dos antepassados. Dada a pesquisa, contei com monitores da sala no desenvolvimento da atividade, que dramatizaram as situações de diversas maneiras e criatividade para o restante das turmas. A aproximação entre língua, professor e alunos começava ser costurada.
Os primeiros manifestos de que a língua portuguesa parecia interessante começaram a germinar.
Chegara a hora de desafiá-los a descobrir quem foi o maior “poeta da língua portuguesa”.
Chegamos em Camões, orientada pelas descobertas, criei situações dramáticas para recontar a biografia e história do poeta, colocando novidades no meu blog que divulguei a turma. Procurava enfatizar a parte mais interessante da história, a fim de que ficasse para a aula seguinte. Ao final do dia, muitas visitas registravam-se no blog. Avaliação de que a sedução agora regada estava a brotar.
Em meio ao traçado, perceberam minha paixão por Camões, resultando em interações bem agradáveis que provocaram muitos risos e comparações. Introduzi o conhecimento da biblioteca no último capítulo de Camões, a fim de que o acervo da biblioteca fosse explorado. Assim os sonetos de Camões passaram a ser trazidos pelos educandos à sala de aula. Criamos dentro do projeto de Olho na Notícia, seguido diariamente pelos educandos, o de Olho no poeta, em que biografias eram pesquisadas e perfiladas. Aproveitei para relacionar ao gênero perfil, através de propostas do material didático: (Movimento do aprender, 8º ano, Ensino Fundamental). Todos os dias, um soneto de Camões era explorado, alguns quanto à estruturação, outros quanto aos dizeres, inferências.
Situações polêmicas da vida do autor passaram a ser temas para questões opinativas, artigos de opinião e debate, pinceladas de sondagens sobre o Gênero e aprofundamentos com a abordagem do capítulo: Tomar partido por inteiro, em (Movimento do aprender, 8º ano, Ensino Fundamental).
Na sequência foi a vez de Shakespeare, leitura de poemas, biografia contemplada, dramatização de Romeu e Julieta, em sala.
Passei a utilizar os sonetos, obras em evidências para contextualizar os conteúdos semânticos e sintáticos necessários.
Chegara o momento de possibilitar o caminhar sozinho. Na biblioteca, propus que elaborassem um lista de poetas que gostariam de dissecar. Completa, dividimos entre as quatro turmas os nomes levantados. Na biblioteca e LIE, as novas descobertas floriram, trazendo o aroma de que a essência da leitura estava a exalar.
Estudamos as fases de um seminário, a fim de que os poetas em estudo fossem conhecido por todos, através deste gênero oral. Uma possibilidade de destacar que a língua também está presente na oralidade. Enfim no dia a dia.
O produzir texto, elemento motivador, era regado constantemente, pois o poeta tal escreveu assim, o que ele quis dizer? Podemos também escrever assim? Vamos tentar? Enfoque na Linguagem conotativa e suas figuras.
Entre os diversos poetas/ autores que subsequentemente foram perfilados, chegamos em Cora Coralina e seus bonequinhos e assim reinventamos tais bonecos, despertando o poeta que existe em cada um de nós.
Conclusão
A intenção desta sequência foi reverter uma história infeliz entre alunos e elementos da Língua Portuguesa, em especial, gosto pela leitura.
Para tal, o destino traçado foi aproveitar-se de artimanhas didáticas para seduzir, subsidiados pela significação e contextos.
Assim, as aulas de Língua Portuguesa, no contexto do parágrafo anterior, por sua vez, teria de colocar em prática a sua magia e exalar-se pelo ar, permitindo que os educandos compreendessem e inferissem em situações dos primórdios aos dias de hoje. Mil aromas, cores, sabores, sons, poetas, lirismo... A essência poética permitiu que a emoção revertesse gostos e tomasse conta da alma permitindo lirismo, mas também sustentar opiniões. O Percentual alto de que Língua Portuguesa e leitura é muito chato, deu espaço aos prazeres e habilidades de transformações, Comprovando que o happy the end, ainda existe.
Referências bibliografias
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa/Secretaria de Educação. Fundação Brasília, 1997.
CEREJA, Willian Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens 1. São Paulo, Ed. Atual, 2008.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001.
SESI – SP. Referenciais Curriculares da rede SESI – São Paulo: SESI, 2003 CD – ROM.
SESI-SP. Serviço Social da Indústria. Movimento do Aprender. 8º ano, Língua Portuguesa. São Paulo,1ª edição, 2010.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Conscientizando o praticante de atos violentos na escola a não mais praticá-los.
Proposta de Conscientização
Realizar uma pesquisa sobre o tema:
“Violência, eu não devo praticar, pois não sou melhor e nem pior do que o outro, todos somos iguais e temos os mesmos direitos como cidadão na sociedade em que vivemos”.
Objetivos: A pesquisa proposta tem como objetivo levar os alunos a refletir sobre as diversas formas de violência que acontecem na escola e procurar meios para evitá-las, uma vez que foi praticante da mesma, gerando agressões físicas ou verbais a outrem. A violência na escola traduz-se numa grande diversidade de comportamentos antissociais, seja uma forma de opressão ou de exclusão social, agressões, vandalismo, provocações ao próximo que podem ser desencadeados por elementos da comunidade escolar.
Nesta perspectiva, é de extrema importância que os alunos desenvolvam atividades que os conscientizem de tal comportamento.
• Iniciar definindo o que vem a ser violência e quais são os tipos de violência.
• Enfatizar que ela pode ser física ou verbal, verbalizando exemplificações que levam à prática da violência, como ofender a mãe do colega, usos de palavrões, entre outros.
• Citar os exemplos de violência frequentes em geral, podendo abordar outros contextos da sociedade, em que ela se faz presente.
• Considerar que deve se ter cuidado com as brincadeiras, pois muitos atos violentos advêm das tais “brincadeirinhas” que começam bem e terminam mal. E quando se percebe o pior já aconteceu e não há como inverter a situação gerada.
• Definir o que vem a ser escola e seus espaços e quais são as atitudes esperadas pelos envolvidos no âmbito escolar, enfocando como deve ser as atitudes do aluno neste contexto para que, realmente, o papel da escola “educar e conduzir o aprendizado” possa ser respeitado.
• Mostrar e elencar as situações que levam a violência a acontecer dentro da escola. Fazendo uma lista das situações e assim possa permitir que outros educandos visualizem e reflitam antes de virem a colocá-las em prática.
• Elencar através de uma lista atitudes de bom gosto e educação, que evitarão desentendimentos que venham a se transformar em agressões.
• Definir o que é respeito.
• Elencar uma lista de situações, boas maneiras e comportamentos que representam atos de respeito.
• Comentar que vivemos em sociedade e que para qualquer espaço público existem regras que devem ser respeitadas para que todos os cidadãos possam ter o direito de ir e vir, como consta nas leis dos direitos humanos, sem sofrer banalizações, desrespeitos, discriminações, bullying entre outros atos que gerem ofensas ou agressões físicas, verbais, ou psicológicas.
• Aproveitar para garantir que a escola é um dos espaços da sociedade composto por regras que devem ser respeitadas para garantir o direito e igualdade de todos.
• Deixar claro que a escola, por excelência é o local dedicado à educação, à socialização da criança e do adolescente, e que não se deve transformar-se em cenário de agressão, autoritarismo e desrespeito mútuo. São lições que jamais poderiam ser praticadas neste espaço.
Orientações:
Realizar a pesquisa e organizá-la para ser apresentada aos demais educandos, atentando para que o tema seja garantido e possivelmente praticado pelos demais alunos do âmbito escolar. Afinal, “ violência, eu não devo praticar, pois não sou melhor e nem pior do que o outro, todos somos iguais e temos os mesmos direitos como cidadão na sociedade em que vivemos”.
Na apresentação a ser exposta através de palestra, você poderá utilizar instrumentos variados, como: vídeos, slides, Power Point, músicas, entre outros recursos que julgar necessário.
Por: Marisa Aparecida de Souza Oliveira
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