quinta-feira, 14 de maio de 2015

EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA

Peça teatral: Emília no país da gramática Adaptação: Marisa Ap de Souza Oliveira Apresentação Apresentadora: É com um imenso prazer que participamos da SELIBI de nossa escola, SESI 012. Já que a temática proposta para este evento é os autores brasileiros, escolhemos abordar o nosso ilustre e inesquecível, Monteiro Lobato, autor pré-modernista, que escreveu também obras infantis tendo sua maior glória com a criação das gostosas aventuras das personagens do sítio do picapau amarelo. Lobato nasceu em 18 de abril de 1882 e morreu em 04 de julho de 1948. Mas como nada é impossível no mundo da imaginação, convido vocês a viajar nesta possibilidade, neste mundo do faz de conta, e do pirlim pim pim, e vivenciarmos juntos uma experiência única, através do sonho, da imaginação, como nos contos de fada, em que tudo pode acontecer, até mesmo trazer Monteiro Lobato, bem pertinho de nós, nesta data tão especial. Assim, é com um imenso prazer que lhes apresento o nosso autor brasileiro, homenageado, Monteiro Lobato! Monteiro Lobato: ( Bem feliz e satisfeito) Bom dia a todos, é uma alegria grandiosa poder estar participando da Selibi desta escola, Meu muito obrigado aos organizadores do evento, Senhoras Walquiria, Juliana, Ana Júlia, senhorita DARLING, professoras que me convidaram, Senhoras Ludmila, Marisa Souza e Marisa Oliveira, e especialmente os alunos do 8º ano C que abrilhantarão daqui a pouquinho, com uma de minhas histórias. Obrigado também aos convidados que vieram até aqui, especialmente para nos ver e enfeitar este evento. Meu muito obrigado. Bom, nasci em Taubaté. Meus pais foram José Bento Marcondes Lobato e olímpia Monteiro Lobato. Desde pequeno, assim como qualquer criança, fui muito peralta, agitado, e tinha a língua afiada, assim como pude ver no meu facebook, bem parecido com os alunos dos 8ºs anos desta escola que adoram um bom debate e um tema polêmico, né Isabela Ferreira, Jipsy,Luana, Matheus Prado, e muitos outros, pois se eu disser o nome de todos vamos até amanhã. Nos meus tempos de infância, já fui alfabetizado por minha mãe. Depois entrei para a escola, sai de Taubaté e fui estudar em São Paulo, já me preparando para a faculdade de direito, como pude ver, o Marquinhos, desta escola, é um bom conhecedor de leis, assim como eu, acredito que se seguir a carreira da advocacia ou promotoria, se sairá muito bem. Bom, continuando, ingressei mais tarde na faculdade de direito, fui promotor, escrevi para vários jornais e revistas, dando minhas opiniões, escrevendo contos, fábulas, como O rabo do macaco, os dois burrinhos, assim, como muitos futuros autores desta escola fazem muito bem todos esses gêneros textuais, também fiz muitos desenhos, caricaturas, como os futuros cartunistas desta escola, né, professor Hélio? Como puderam perceber sempre fui muito polêmico, e isso me transformou em um estopim do movimento modernista. Fui registrado como José Renato Monteiro lobato, mas posso confessar aqui, que até mudei de nome, e olha que não foram através de heterônimos e pseudônimos não! Troquei de verdade, só para poder usar uma bengala que foi de meu pai, e tinha as iniciais J.B.M.L, passei a ser José Bento Monteiro Lobato. Também fui casado, com Maria Pureza, uma bela e pura esposa, tive 4 filhos, Marta, Edgar, Rute e Guilherme, mas não é o Canquerini, que vocês conhecem. Comprei uma editora, que faliu mais tarde por causa do racionamento de energia, não pensem que só hoje existe racionamentos, na minha época, essa palavra já existia. Voltando a literatura, minha obra de maior destaque foram as aventuras das personagens do sitio do picapau amarelo, como autor pré-modernista, minha obras destacam-se pelo caráter nacionalista e social, destacando muito os meus contos escritos, onde retratei os vilarejos decadentes, e as populações do Vale do Paraiba, quando se deu a crise do plantio de café. Em meu livro URUPÊS, criei a figura do Jeca tatu, símbolo caipira brasileiro, desmitificando a ideia de que todo protagonista precisa ser um Cristian Gray, um Caio Castro. (Olha no relógio) Bom vou parando por aqui, já falei demais, e vocês querem ver os pestinhas, como diz meu personagem Tio Barnabé, atuando neste palco. Meu muito obrigado a todos pelo convite e até a próxima oportunidade. Um grande abraço. Vovó: Ai, ai minhas pernas já não aguentam mais e eu ainda tenho que ensinar gramática aos meus netos. Pedrinho, venha meu netinho, amanhã tem prova de língua portuguesa. Pedrinho! Pedrinho: (Pulando e brincando com o estilingue). Estou aqui vovó. Estou aqui! Vovó: Vamos iniciar a nossa aula de gramática para se preparar para a prova. Pedrinho: Vovó, canta aquela musiquinha que a senhora me ensinou, outro dia. Vovó: Claro, meu netinho, lindo! Vamos lá! Me ajude a levantar, Pedrinho. Pedrinho: (surpreso) Levantar, mas pra quê, vovó? Vovó: Oras, Pedrinho para eu cantar. Pedrinho: Mas você vai cantar com a boca, vovó. Vovó: (Brava) Ah, menino! Deixe de ser malcriado, quero cantar em pé. Pedrinho: Então tá, vovó. (Ajuda a vovó a se levantar) Vovó: (dá uma pigarreada e começa) Não tenho teto, não tenho casa.... Pedrinho: (Brincando e esperando a vovó cantar, fica pasmado e diz): Pare com isso vovó, não faça isso! Se meus colegas do SESI ouvirem isso, vou sofrer bullying, vou passar a maior vergonha. Vovó: Deixe disso, meu netinho! Dance um pouquinho com a vovó. Além disso você me pediu para cantar. Pedrinho: Nem pense nisso, vovó! É para cantar outra música. Essa não! Que vergonha! (Expia para ver se ninguém passou por ali) Vovó: Ah, Tá. Canta uma outra música: Dom, dom, dom. Pedrinho: (gritando) Pare, vovó !!! Não é essa é a dos ditongos! Vovó: Ah, a dos ditongos!!! Por que não disse logo. Ditongos vão cair na prova. Pedrinho: Sim, vovó Benta, sim! Vovó: Vogais separadas é hiato, vogais juntas é ditongo, três vogais de mãozinhas dadas é um tritongo, é um tritongo!!! Pedrinho: (Dança, enquanto a vovó canta). Vovó, mais uma vez!!! Vovó: Só se você cantar comigo, meu netinho querido e fofinho! Vovó e Pedrinho: (Cantam juntos): Vogais separadas é hiato, vogais juntas é ditongo, três vogais de mãozinhas dadas é um tritongo, é um tritongo!!! Pedrinho: Também vai cair na prova da Dona Marisa, as paroxítonas! Vovó: Então, Pedrinho, você precisa lembrar desta musiquinha e assim, vai saber toda essa regrinha, que tem uma família muito grande, com muitos acentos. Pedrinho: Nossa, vovó. Igual a família dos Oliveiras, dos Souzas, como tem Oliveiras e Souzas no mundo. Lá na minha escola as duas professoras Marisas que eu tenho, as duas são oliveiras, dá uma confusão! Vovó: É Pedrinho, Parecido com isso sim! É que a maioria das palavras que existem, tenha acento ou não, são paroxítonas. Pedrinho: Que interessante, vovó Benta! Vovó: É assim, Pedrinho! Paroxítonas vão / ter acento se são/ Terminadas com as letras/ que agora virão/ l, n, r, i, is, x/ um, uns, ã, ão, ãos / ps, ditongos/ Prestem bem atenção. Pedrinho: Adorei, vovó! “Di novo”! Quero aprender para ensinar meus amiguinhos. (Cantam novamente, juntos e dançando) Paroxítonas vão / ter acento se são/ Terminadas com as letras/ que agora virão/ l, n, r, i, is, x/ um, uns, ã, ão, ãos / ps, ditongos/ Prestem bem atenção! Pedrinho: Olhe vovó! Quanta gente, parou pra ver a gente! Vovó: É mesmo, Pedrinho. Acho que cantamos bem, melhor do que e Maria Cecília e Rodolfo. (Riem) Pedrinho: É sim, vovó! Vamos ensiná-los! Vovó: Boa ideia, Pedrinho! Vamos sim! (Cantam juntos incentivando a plateia a cantar). Paroxítonas vão / ter acento se são/ Terminadas com as letras/ que agora virão/ l, n, r, i, is, x/ um, uns, ã, ão, ãos / os, ditongos/ Prestem bem atenção. Pedrinho: Vocês, gostaram? (Espera a plateia responder). Vovó: Eles gostaram! Desse jeito Pedrinho, vamos fazer mais sucesso do que o MC Livinho. Pedrinho: Eta, vovó! Só você, mesmo! (Rindo). É vovó se os professores ensinassem como você eu aprenderia tudo. Eles mandam a gente decorar fonemas, ditongos, gerúndio... Vovó: Gerúndio!!! Não diga Gerúndio, tive um namorado chamado gerúndio. Pedrinho: Não falamos mais, vovó. Vovó: Fica suave! Meu netinho, não vou entrar em detalhes! Pedrinho: (Com a mão na boca disfarçando) Ainda bem, se alguém do SESI escuta, vou ficar zoado. Mas o que são fonemas, vovó? Vovó: Então, Pedrinho, fonemas representam o som das palavras ao pronunciarmos, letras são os códigos criados para representar esses sons que são os fonemas. Pedrinho: E ditongos são encontro de vogais que ficam juntas, os hiatos as vogais se encontram na palavra e se separam. (Emília aparece e fica expiando Pedrinho com a vovó com ar de deboche e inventando uma travessura). Entra e fica de lado ouvindo. Tia Nastácia: (Secando as mãos) Sinhá, o sinhá! Pare com essa cantoria e venha até aqui! Vovó: O que foi, Nastácia? (Tia Nastácia aparece e diz): Melhor, ir na cozinha comigo, pois tio Barnabé pegou um saci e prendeu na garrafa. E eu tenho medo de saci, cruz credo! Vovó: E Tia Nastacia!!! Saci é só folclore brasileiro! Tia Nastácia: Não entendo desse tal foque lóre. Só sei que o saci tá lá na garrafa! Vovó: Vamos Anastácia, vamos ver isso! (Saem) Pedrinho: Eu dou uma estilingada no saci e faço ele meu escravo. Deixa essa garrafa dando sopa, tio Barnabé, que esse pestinha, vai ser meu escravo. Emília: Deixa de bobeira, menino! Eu vi, você e vovó numa cantoria só, de aulas de gramática, com tantas regras. Por que, em vez de estarmos aqui a ouvir falar da gramática não havemos de passear no país da gramática? Pedrinho: Que bobagem, Emília! Como você é uma boneca tonta! Esse país não existe e nunca existiu! Emília: (bravinha) Existe sim! O rinoceronte até se propôs a nos levar até lá! Pedrinho: Duvido! E dou o dó! Só acredito vendo! Emília: Ah é, seu Pedrinho!!! Narizinho, Narizinho!!! Narizinho: O que foi, Emília! Emília: Vamos fazer uma viagem para o país da Gramática. Narizinho: País da gramática!!! Eu quero ir. Nem sei onde fica, mas eu quero ir sim! Adoro ler livros, adoro ouvir as histórias da vovó Benta. Adoro as histórias dos autores brasileiros. Pedrinho: Já sei que vai dizer que Monteiro Lobato é seu preferido porque criou essa boneca feia de pano. Emília: (chamando Pedrinho para Briga) Feia só que não! Linda, para seu gosto. Narizinho: (Separando os dois) Parem com isso! Visconde: O que é esta confusão, novamente, Emília e Pedrinho? Parem com isso! Sejam educados! Pedrinho: Essa boboca, disse que existe o país da gramática, Visconde. Visconde: É seu Pedrinho, se realmente existe eu não sei! Mas se existir, deve ser um país fascinante com muitos livros, autores, imaginação, sons. Provavelmente com muitos livros de diversos gêneros: contos, fábulas, crônicas, regras gramaticais, sons... Enfim tudo que a língua portuguesa e suas generalidades pode nos oferecer para as mais diversas comunicações, sejam verbais ou não verbais, imaginarias ou reais. Pedrinho: Ai, Visconde, até você vai acreditar nesta boneca de pano! Emília deve ter sonhado! Emília: Eu não sonhei! Então, você vai ver, se não existe! (brava). Rinoceronte, rinoceronte! Rinoceronte lindo, cadê você? (Rinoceronte entra correndo): O que foi linda boneca? Emília: O Pedrinho, esse sarnento, não acredita que existe o país da gramática! Rinoceronte: O Pedrinho desconfiado, existe sim, é um lugar fascinante, cheio de vida, livros, personagens. Vamos até lá? Visconde, Narizinho: Oba!!! Vamos logo! (Saem). Vovó: (Entra correndo na sala). Ei, a onde vocês vão? Visconde: Vamos ao país da gramática, Dona Benta! Vovó: Uma vírgula, vocês vão? Não!!! Eu também vou com vocês! Vovó: (Grita): Rinoceronte, rinoceronte, lindo, volte aqui! Rinoceronte: O que foi linda, boné..., (assustado) digo, velhinha! (Vovó monta no rinoceronte e diz): Leve-me ao país da gramática, pois vou junto! Rinoceronte: É pra já! (Dá de sair). Vovó: Espere, rinoceronte!!! Quero que você saiba que já fui uma linda boneca, embora não pareça. Vamos rinoceronte! Vovó: IUPI!!!! Lá vamos nós! (Saem). (Entram Tia Nastácia e Tio Barnabé)... Barnabé: A onde eles vão com tanta pressa? Tia Nastácia: Deve ser mais uma das travessuras da Emília. Desde que costurei e fiz aquela boneca para a Narizinho, cada dia é uma aventura no sítio! Tio Barnabé: Isso é bão! Pelo menos as crianças se divertem e dão asas para a imaginação! Criança tem que brincar, viver, sonhar, subir na árvore. Tia Nastácia: Mas as crianças do sítio fazem tudo isso! Fora as história que a Dona Benta conta presle. Uma mai bonita do que a outra. Os livros são uma beleza. Como eu gostaria de ter aprendido a ler, tio Baranabé. Mas na minha época, leitura, livro, escola, não era pra todo mundo, não! Tio Barnabé: Tem razão, Nastácia. Essa criançada de hoje que é feliz! Na minha época com 7 anos, invés de ganhá um livro, ganhava uma enxada pra mor di trabaia. Ah, se tivesse a chance deles hoje. Ia ler tudo os livro que tem na biblioteca. Tia Nastacia: Mai o cê ainda tá com esse tar de saci na garrafa? Num creio! Mió o cê joga fora essa garrafa! Vai que exista memo e ele saia daí e apareça! Eu tenho medo desse pestinha! Tio Barnabé: Calma, Nastácia. Que exeste, exeste, Mai num fai mal não! Ele só gosta de apronta alguma, como: Fazer trança nos cavalo, reza os mio de pipoca pra vira piruá! Nastácia: Vamo pará com essa história e vamo lá na cozinha, que quero fazer uma baciada de bolinho. A hora que essa turminha chega, vai tá todo mundo morrendo de fome. (Saem) (Passa o saci , morrendo de gargalhar , olha para a plateia e diz): Esse tio Barnabé é uma figura! Pensa que eu tô preso na garrafa. Kkkkkk TROCA O CENÁRIO (A turma chegando e observando o país da gramática...) Pedrinho: Não vi nada de interessante até agora! Emília: Cala a boca, seu menino chato! Vovó: Parem os dois! (Caminham com medo.) Narizinho (entusiasmada e curiosa, ouve sons e diz): Que zumbidos são esses? Emília: Sons orais soltos no espaço! Aqueles produzidos pela boca! (Entram uma de cada vez as letrinhas, dançando e repetindo AAAAA EEEE E, IIIIIII, OOOOOOO, UUUUUUUUU!!!). Narizinho: Que sons orais nada, isso são letras! Rinoceronte: Primeiro há os sons orais quando você fala! Depois vem as letras para representar esses sons! Emília: Isso mesmo! Os sons fundem-se adiante formando as sílabas! Visconde: As sílabas formam as palavras. Ouça Narizinho! Os sons estão começando a juntar-se! (Sons são reproduzidos: BÁ, Bé, Ma, la, lu, li, Xa, bo – ne - ca.) Narizinho: ( Muito encantada) É mesmo! Até ouço uma sílaba mais forte em cada palavra! Emília: Essa sílaba chama-se Tônica! Narizinho: (bem entusiasmada): O mesmo nome da mãe de Pedrinho! Narizinho: Não, boba. Mamãe chama-se tonica e a Emília está falando em sílaba Tônica. É muito diferente! Visconde: É crianças, os gramáticos falam com palavras rebarbativas, são amigos de nomenclaturas. Eles dividem as palavras quanto à sílaba tônica em: Oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas! Emília: Isso eu já aprendi! Quando a sílaba tônica é a última, a palavra é oxítona! Narizinho: Que confusão! (Pulando) Bastava dizer que o tal acento cai na última, na penúltima e antepenúltima. Dava na mesma e não enchia a cabeça da gente de tantos nomes feios! Pedrinho: Calma, Narizinho! A vovó tem um jeitinho especial para fazer a gente lembrar de tudo isso! Narizinho: É verdade, vovó! Por que a senhora ainda não me ensinou? Vovó: Porque você não tem dificuldades de aprendizagem, minha netinha! Consegue aprender tudo na escola! Pedrinho: Eu também aprendo tudo, vovó! Vovó: Verdade, mas precisa dar uma reforçadinha em casa! Visconde: É dona Benta, tem razão, sempre é bom dar uma estudada extra em casa. Ajuda a reforçar o aprendizado! Pedrinho: É isso aí, Visconde! Sou um menino muito esperto e estudioso, reforço em casa o que aprendo na escola! Emília: Só que não!!! Visconde: ( segurando Dona Benta pelo braço e andando) Dona Benta, como é fabuloso o país da gramática. Olhe, quanto conhecimento naquela sala, denominada biblioteca! Dona Benta: Realmente, Visconde! Foi uma ótima ideia da Emília ter vindo até aqui! Visconde: Aquela biblioteca, armazena conhecimentos de uma vida inteira! Dona Benta: Sobre todos os assuntos! Políticos, históricos, culturais, literários, curiosidades... Enfim reúnem, passado, presente e até previsões futuras! Visconde: Tenho vontade, Dona Benta, de ficar por aqui! Dona Benta: Mas não pode Visconde! Falando nisso, Visconde, já está ficando tarde! Temos que voltar! Visconde: Verdade, Vamos crianças! Emília: Vamos, então! Mas antes uma perguntinha ao Pedrinho! Eu não disse que existia o país da gramática? Pedrinho: (olhando para Emília, aguardando a pergunta): Dessa vez Emília, vou ter que concordar com você pois além de existir, esse país é muito legal, cheio de cultura. Narizinho: O que é esse livro em sua mão, Pedrinho? Pedrinho: Ganhei da bibliotecária, Dona Darling! Ela é uma moça muito legal. Vou levar para o tio Barnabé! Narizinho: Ao tio Barnabé! Mas ele nem sabe ler! Emília: Já que Pedrinho concordou comigo e gostou muito do país da gramática, vou concordar com ele porque mesmo tio Barnabé não sendo letrado, ele pode ler através dos textos não verbais, formados pelas imagens. Pedrinho: Isso, Emília! Além disso, eu também posso ler a história para o tio Barnabé. Visconde: Boa ação, Pedrinho! Devemos divulgar as leituras, compartilhar com o mundo! Narizinho: Ainda mais sendo saci, tio Barnabé vai adorar! Tem uma mania por saci! Dona Benta: Vamos crianças, vamos voltar! Todos: Vamos, vovó! Vovó: Rinoceronte, rinoceronte, lindo! Cadê, você! Rinoceronte: Estou aqui, linda bonequi... Linda, velhinha! Vovó (Monta no Rinoceronte e diz) IUPI!!!! Ao sítio do Picapau Amarelo! Chegando no sítio.... Crianças: Tia Nastácia, Tia Nastácia! Tio Barnabé! Chegamos, estamos famintos!!! Entram Tia Nastácia e Tio Barnabé.... Tia Nastácia: Que bom, fiz uma fritada de bolinhos de chuva com canela. Estão deliciosos! Crianças: Oba!!! Emília: vamos ver quem chega primeiro? Pedrinho: Claro que serei eu! Emília: Eu vou chegar antes e comer todos os bolinhos! Tia Nastácia: Carma, crianças! Tem bolinho pra todo mundo! Tio Barnabé: (Sorrindo) E posso garantir que os bolinhos da Nastácia, estão de dar água na boca. Uma gostosura! (Entram Todos para a cozinha. Ficam Pedrinho e o Tio Barnabé). Pedrinho: Tenho um presente para o senhor, Tio Barnabé! Tio Barnabé: Um Presente! Mas o que será, Menino? (Pedrinho entrega). Tio Barnabé: Um livro sobre saci! Aquele pestinha! Olha com emoção e alegria. Mas eu... Pedrinho : Já sei que vai dizer que não sabe ler! Mas fique calmo, nunca é tarde pra aprender. E tem mais, este livro é cheio de imagens, a qual chamamos linguagem não verbal. E pelas imagens, vai compreender a história! Tio Barnabé: Estou gostando da ideia, Pedrinho! Pedrinho: E tem mais depois também leio toda a parte escrita para o senhor comparar com a sua leitura visual e indutiva! Tio: Quando começamos? Pedrinho: Daqui a pouquinho, porque agora tenho que correr para não ficar sem bolinhos. (sai correndo). Tio Barnabé: (Emocionado dirige se a plateia) O estudo é a luz da vida! E a leitura são as asas , que nem de um pássaro grandão, capaz de levar a gente, através da imaginação a qualquer lugar do mundo. Se eu tivesse tido a oportunidade de estuda, que tudo os seis tem, eu seria um dotor, muito esperto! Mas não adianta choraminga, porque não tive chance de estudar. Na minha época de escola, a escola não existia para todo mundo. (Secando os olhos com um lencinho). Por isso, escute o conselho de um pobre veio, que gosta do folck lore brasileiro! Valorize a oportunidade de estudar que seus pais te deram, graças ao nosso pai do céu. Pedrinho: Tio Barnabé! Venha vamos começar a ler a história! Barnabé: tchau, crianças! O Pedrinho, vai me contar a história. Tenho que ir, pois quero ler esse e muitos outros. Até a próxima, pessoar. Sai – música do sítio.

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