quinta-feira, 14 de maio de 2015

TEATRO: DENGUE !!!!

Peça de teatro: O Império dos mosquitos de preto com manchinhas brancas Autoria: Marisa Aparecida de Souza Oliveira Mosquitos Aedes e Aegypti: (entram com suas malinhas e encontram com seu amigo Aegypti). Aedes: Oi amigo, tudo bem contigo? Aegypti: Tudo suave, em cima! Quanto tempo! Por onde você tem andado, parça? Aedes: Arrasei em várias quebradas, botei meus ovos em tanta água parada, multipliquei a família, fiquei super popular, tô mais famoso que o Lula! Passei por Aracaju, Belém do Pará, Belo Horizonte, Campo Grande , Fortaleza, Goiânia, Rio de janeiro. Posso dizer que sou um cara viajado! Fiz várias vítimas, deixei os hospitais lotados, com doentes até nos corredores. Paciente nos corredores, nem é novidade, tem hora que esqueço que moro no Brasil. Fiz quase um extermínio, muita gente morta. Falando em Rio de janeiro, passei por Copacabana, cada gos... Nossa quase disse algo proibido para menores, melhor dizer, cada Friboi encontrei por lá. Aegypti: Manero, Cara! Posso dizer também que sou viajado, viajei mais do que a Dilma em campanha política! Fui para Macapá, Maceió, Manaus, Palmas em Tocantins, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Salvador, São Luís, Vitória. Preciso te contar de Salvador, puxa, peguei umas pitelzinho, sabe como é, né, parça. Constitui muitas famílias por lá, água parada, por tudo quanto é canto. Esse povo é medíocre mesmo. Parece que são apaixonados por nós, apesar de terem razão, afinal sou um galã bem parecido com o Caio Castro. Dão tanta bola pra gente e depois ficam reclamando da gente arrasar geral. Aedes: Sabes que tu tens razão! Verdade, parça, apenas aproveitamos a deixa deles. A falta de educação, porquice, acumulando lixo por todas as quebradas. Puxa, quase me esqueci de contar. Sabe quem encontrei em Copacabana? Aegypti: Diga logo! Quem? Aedes: A Bruna!!! Aegypti: a surfistinha? Aedes: Não, a Bruna Tardini, do SESI de Bragança. Aegypti: Puxa, já fui tão apaixonado por ela! E ela continua gatinha? Aedes: Demais! Aegypti: Por isso que eu digo, que este mundo é pequeno. Mas o que deu em você ao sair de São Paulo e ir dar um rolê nestas quebradas? Aedes: Sabe como é. Cansei de Sampa. O sistema Cantareira secou! O povo daqui acabou com a água. Não enxergam um palmo à frente do nariz, que dependem da água para sobreviver. Gastaram toda a água e mais um pouco, passava por qualquer canto e lá estavam as senhoras lavando calçadas, muitos lavando o carro, as partes três, quatro vezes por dia. Aegypti: Vi tudo isso também. E quem diria que esta região ficaria sem água? Se contar para os primos do nordeste. Ninguém vai acreditar! Vão chamar o povão daqui de idiotas para cima, porque não cuidaram da água, essa riqueza para todos nós. Aedes: Tu tens razão, veado. Eles de lá dão valor ao que tem. E povo daqui, Só pensa em gastar, tomar banhos demorados. É isso o que deu! Voltando no nosso papo em questão. Peguei minhas tralhas e fui... Ficar em um lugar sem água, nem pensar. Não tava a fim de morrer de sede. Aegypti: Nem diga, fiz o mesmo. Morava ali perto da represa, constitui família por ali. Mas a água acabou, me separei e me mandei de lá. Só tô voltando porque choveu, deu umas enchentes, a água parada tá por todo lado, a patroa e as crianças me colocaram no pau de selfie, por não pagar pensão, isso é a única coisa que dá pau no Brasil, não pagar pensão! Mas acabar com a água parada e a dengue, os políticos, população não tão nem aí. Aedes: Eu não tenho este problema, estou solteiro. Aproveitando, você viu as gatas do pedaço: Bruna, Darlene, Gabi, Célia, Darling. Cheguei à conclusão que com tanta água parada, o pasto tá bom demais. O negócio foi voltar. Aegypti: É isso aí. Aegypti: Já passei por Amparo, fiz vítima fatal, Atibaia peguei vários. Aedes: Aqui, só de chegada, já mandei gente para o hospital! Quero arrasar geral !!! Aegypti: Parça, expie bem, o que estes feiúras estão nos observando? Aedes: Pelo jeito, nunca viram. Qual é? O que que há? Aegypti: Vamos nos apresentar. Aedes: É isso aí: Eu sou o Aedes Aegypti: E eu o Aegypti. Aedes e Aegypti: ( cantam um fank) Bom, Bom, Bom, Bom, Bom, Bom, Bom Tamo aqui nesta cidade, conversando um papo bom bom, bom bom, bom bom bom, bom Viemos até aqui para uma única missão Bom, Bom, Bom, Bom, Bom, Bom, Bom A ideia é mandar vocês todos pro hospital. Aedes: Olhe Aegypti, tem água parada por todo lado. Eles gostam da gente. Aegypti: Vamos ter que ficar, e disputar o mesmo espaço, seus palhaços. Aedes: (põe a mão pela barriga e diz): É hora do almoço! (Sai voando) Aegypti: Puxa, minha barriga também está anunciando a hora do almoço. Vamos nessa! (Voa). (Ambos observam um menino que está passando) ... Aedes: Ali está o nosso almoço, Aegypti. Aegypti: (Observa com empolgação e assobia) Aedes: É Friboi! Vamos atacar. (Os dois começam a seguir o menino que passa) (Música pantera cor de rosa) (Os dois picam o menino) Menino: - Ui! Suas moscas fedorentas. Parem com esse zumbido em meu ouvido!!! Aegypti: Alto lá, mais respeito. Mosca não, eu sou espada!!!! Aedes: Opá, alto lá, Friboi, aqui tem FACÃO!!! Aegypti: Vamos nessa, parça. Mais uma vítima, vamos para outros lados. Vamos dar um rolê, lá nas quebradas do SESI. Quem sabe vejo a Bruninha. Aedes: Bora! Narrador: Três dias depois... Alice: Ei, turma! Acabou a aula, que tal tomarmos um sorvete? Luzia e Jéssica: -Bora, a aula já acabou mesmo! Marcelinho: Grande ideia! Pedrinho: Como diz a Lud. Óteeemo! Edmar: Estou muito cansado, dores no corpo, turma! Vou para casa! Marcelinho: Puxa o Edmar tá bichado mesmo, dispensar sorvete!!! Luzia: Vamos logo, depois temos que estudar as conjunções ainda... Narrador: No dia seguinte, como rotina, a galera se encontra na escola. Alice: -Ué, pessoal, o Edmar faltou à aula, será que ele não está bem? Bate o sinal: Vamos entrar pessoal, rápido, o Clovão já está fazendo a chamada. Narrador: Depois da aula. Jéssica:-Ei pessoal, nem sinal do Edmar, perdeu até a prova. Vamos visitá-lo? Todos: Vamos. Eliane: Onde vocês vão, galera! Pedrinho: Visitar o Edmar! Eliane: Esperem por mim, eu vou também. Sou apaixonada pelo Edmar. Narrador: Na casa de Edmar... Eliane: Boa tarde, dona Ivonete, o Edmar está bem? Mãe: Boa tarde! Não crianças! Ele está muito doente. Eu e o pai dele vamos levá-lo ao médico. Luzia: É melhor, assim logo ele ficará bem. Pedrinho: Tomara que ele fique bom logo, tem o campeonato da escola. O professor Zezé, vai ficar doido sem seu jogador preferido. Marcelinho: Vamos nessa, pessoal, não vamos atrapalhar, a dona Ivonete. Pedrinho: Quanto antes levá-lo ao médico, melhor. Todos: Tchau, Dona Ivonete. Narrador: Logo depois no médico... Doutor Pádua: Edmar de Oliveira. (Entram: Mãe, Pai e Edmar) Médico: Pode sentar. O que está acontecendo? Mãe: Ele está com febre, muitas dores no corpo, forte dor de cabeça. Pai: também reclamou, Dr. Pádua, que os olhos estão estranhos, confusos. Mãe: Não quer comer. Diz que está sem apetite e sem paladar. Doutor: ( Examinando... Diz) Está com febre alta mesmo. Mas não tem nada na garganta. (Examinando as pernas, braços, corpo...) Vejo manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores. Edmar: também estou com náuseas e vômitos, tontura. Pai: Tive que carregá-lo. Está com extremo cansaço. Mãe: Moleza e dor no corpo. Médico: Edmar, dói os ossos? Edmar: Sim, Muitas dores nos ossos e articulações. Mãe: -E ai doutor, o que ele tem? Médico: -Sinto muito, mas o Edmar está com dengue, senhora! Mãe: Dengue!!! Oh, meu Deus! E agora, doutor? Médico: -Calma! Com os cuidados certos, ele ficará bom. Pai: Ele pode morrer? Calma. Só é preciso tomar cuidado para ele não ser picado de novo, Pois o quadro pode evoluir para os sintomas da dengue hemorrágica que são os mesmos da dengue comum. Mãe: Como saberemos doutor? Doutor: A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta. Pai: Quais? Doutor: Dores abdominais fortes e contínuas, Vômitos persistentes, Pele pálida, fria e úmida, Sangramento pelo nariz, boca e gengivas, Manchas vermelhas na pele, sonolência, agitação e confusão mental, Sede excessiva e boca seca, Pulso rápido e fraco, Dificuldade respiratória, Perda de consciência. Mãe: Meu Deus! Doutor: O tratamento da dengue se baseia no uso de remédios como o paracetamol ou dipirona. Deve dar a ele muitos líquidos como água, chá ou suco e descansar, para o corpo combater o vírus de forma eficiente. E qualquer sintoma diferente, ou piora, trazê-lo de volta. Pai: Obrigado, Doutor. Narrador: Na rua a turma conta ao Bocão Turma:-Bocão, Bocão, o Edmar está com dengue! Bocão: Nossa, coitado! -Ah, eu vi na TV que tem muita gente pegando essa doença. Mas eu não vou pegar estou prevenido. Olhe o que eu tenho (aerossol, peneira...) . Pedrinho: -Ei, cuidado com isso, Bocão! Alice: -É assim que você vai se proteger do Aedes Aegypti? Bocão: -Isso é tiro de queda! Luzia: -Nada disso, Bocão, não seja bobo! Pedrinho: -É isso que dá faltas na escola, a professora ensinou que precisa de muito mais. É preciso prevenção. Alice: -Muita gente não sabe, mas o mosquito costuma picar de dia. Aedes: Ei, Aegypti, essa molecada está esperta demais para o meu gosto. Aegypti: Calma: Pegamos eles também... Marcelinho: -Meu pai disse que os governos municipais, estaduais e federal sempre trabalham juntos para combater a dengue! Aedes e Aegypti: (Caem na risada. Mas de caírem no chão) INOCENTES!!! Ainda acreditam em contos de fadas! Riem muito. Aedes: Políticos, preocupados com a população ? Aegypti: Só que não!!! Aedes: Estão preocupados em guardar dinheiro na cueca, em vender parte da Petrobrás, desviar dinheiro público para cofres pessoais. Aegypti: (Rindo Muito). Em lucrar com a Petrobrás, esconder os escândalos de um povo cego que acredita na política e saem as ruas para defender o PT. Aedes: Nem percebem que a gasolina aumentou, e toda a crise está ligada a corrupção que tomou conta do país!!! Aegypti: Tá todo mundo loco! Inocentes crianças. Os comandantes do país têm outras preocupações!!! Aedes: Se querem nos combater, a população tem que agir, e eliminar a água parada, alertar a população em geral, cobrar desses políticos os seus direitos como cidadãos, fazer a diferença na hora do voto. Aegypti: Parça, cuidado com a boca, não dá ideia para esses cabeçudos!!! Se escutam, teremos placas espalhadas por aí, dizendo aqui jaz um Aedes Aegypti!!! Isso se o Blog do Teo Pereira inventar de publicar, vai chover cliques!!! Aedes: Cruuuuzeeess!!!! Pedrinho: -Alguns sintomas da dengue são parecidos com os da gripe, febre, dor pelo corpo. Luzia: -Dor de cabeça... Aedes: A Maria de ciências está bombando, nesta escola. Aegypti: estão sabendo muitoooo. Bocão: Mas como eu faço para saber se tenho dengue ou não? Luzia: Bem que a Profa. Marisa falou que você precisa parar de faltar, né, Bocão. Existem outros sintomas: manchas vermelhas na pele, por exemplo... Pedrinho: Se você acha que está com a doença, não tome nenhum remédio! Marcelinho: Procure logo um serviço de saúde. Bocão: -Eu posso pegar dengue de outra pessoa? Eliane: Está de brincadeira! Se a Maria, escutar isso! Cruzzesss Claro que não! Só se for picado pelo mosquito Aedes Aegypti. Aedes Aegypti: Epa, o que que foi, o que que há, seus monstrengos!!! Bruna: A melhor defesa ainda é a prevenção! Por isso, não deixe água parada em potes, garrafas, pneus... Luzia: -Tampe bem a caixa d'agua! O mosquito adora água parada! Marcelinho: Mas avisem seus pais e tomem muito cuidado, com a necessidade de economizar água, muitas donas de casa estão reaproveitando-a. Por isso precisam tampar bem os reservatórios, tambores, baldes. Façam como o Professor Clóvis, ele está armazenando água da chuva para lavar o quintal, molhar as plantas, mas toma todo o cuidado, que a população desconhece, eliminando assim os criadouros. Aedes Aegypti: Puxa, o cerco tá fechando. Ops, sinto que vou ser despejado. Pedrinho: Tem mais! Nunca jogue lixo em terrenos baldios. Isso acumula a água da chuva. Marcelinho: Todo cuidado é pouco! A dengue é perigosa! Pedrinho: -E a dengue hemorrágica pode até matar! Alice: -Tive uma ideia! Vamos fazer uma campanha na escola e no bairro todo ensinando como evitar a dengue. Aegypti: Como diz a Ana Claudia!!!Vocês estão de brincadeiras!! Tramando contra os mosquitos. Muitos colegas estão se criando nas calhas das casas, nos jardins... Aedes: Será o fim do Império, dos mosquitos pretos com manchinhas brancas? Aegypti-Vamos guerrilhar contra esses metidinhos? Mosquito Aedes: Somos fortes e perigosos! Vamos ganhar essa guerra! He, he, he! Aegypti: Quantos já quiseram nos combater, mas sempre teve um traíra que nos ajudou, quem sabe Maurício Melgaço, não nos ajuda!!! (Saem) Turma (Entregam folhetos explicativos de prevenção ao povo, com entusiasmo) Alice:-O mosquito põe seus ovos em lugares com água parada. Luzia: -Por isso é preciso limpar tudo e nunca deixar acumular água em recipientes, pneus e nas calhas das casas! Marcelinho: -Se o Aedes Aegypti não tiver onde morar e criar as larvas, o senhor e seus vizinhos estarão livres! Vovós: -Hoje mesmo vou limpar o quintal da minha casa! Alice: -Se você tiver bichinhos de estimação, lave os bebedouros pelo menos uma vez por semana e troque a água todos os dias. Eliane: -Ai que bom, conseguimos informar a todos, agora vamos descansar. Turma: -Vamos! Bocão: (Encontra Edmar) -Ué! Você não estava no hospital? Edmar: Já estou bom! Fiquei sabendo que você está caçando os mosquitos, ficou maluco? Bocão: Fica suave! Maluco, não! Corajoso, isso sim! Edmar: Isso é trabalho de gente grande, cara! Você pode ser picado e ficar doente como eu! O melhor que a gente pode fazer para ajudar é não deixar água parada por aí. Bocão: Ah! Esse tal de Aedes Aegypti deve estar espiando por aqui! Mosquitos: Vamos massacrar esses humanos imbecis! Bocão: Preciso avisar a turma! Preciso falar com você? Alice: Chora? Bocão: Os mosquitos vão atacar! Alice: Vamos chamar a turma! Narrador: Encontram a professora Marisa de História e contam. Alice: O Bocão viu os mosquitos, eles vão atacar! Professora: Meu Deus, será que teremos quase que uma Guerra mundial! Vou chamar a secretaria municipal de saúde! Professora (no celular): O terreno fica perto da escola e está cheio de mosquitos, venham depressa! Mosquito: Vamos seus idiotas! Chegou a hora! Ocupem todos os lugares que tenha água parada e piquem os humanos idiotas à vontade! (Mosquitos saem fazendo algazarra, cantando Dom, dom, dom, estava aqui no terreno escutando aquele som. (Dão de cara com os dedetizadores). Dedetizadores: Nós temos uma surpresinha para vocês suas moscas! Aedes: Ops: Mais respeito, aqui é facão. Aegypti: Calma, agora não é hora disso!!! E sim de fugir. Dedetizadores: (Agem) e (Mosquitos caem e alguns morrem) (Turma fica alegre) Marcelinho: Fim do Império, das moscas de preto com manchinhas brancas!!! Aedes: Você está de brincadeira!!! Mosquitos de preto com manchas brancas, aqui tem facãããooo. Cof, cof, cof, água, água.(Morre). (Entram Edmar e a turma) Edmar: Só eu sei o que sofri ao ficar doente, graças a Deus fiquei bem. Agora é com vocês! Limpem tudo e não deixe água parada em nenhum lugar! Assim, venceremos para sempre esse Império do mal! Turma: É isso ai! Luzia: Vamos contar para a mamãe, a nossa aventura de hoje. Tchau, beijos... Passa uma menina tomando água e joga um copo no chão. Mosquito: Menina idiota, quero dizer esperta. Agora a guerra continuará sabe por quê? Sou José Pedro, vulgo Maurício Melgaço, vou botar ovos na água daquele copinho e construir novamente um Império!!! Ei, o que estão olhando seus idiotas, aguardem a hora que eu voltar quero ver a cara de vocês, seus bobocas, imbecis!!! Bocão: (Passando), Nossa um copinho, até este copinho pode ser um diamante cor de rosa para o mosquito da Dengue!!! (Amassa) - Vou levar ao lixo, lá é o seu lugar. (sae). A peça termina com o mosquito José Pedro chorando, pedindo água, tossindo até morrer.

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