domingo, 8 de setembro de 2013

A Região Bragantina em destaque!




A REGIÃO BRAGANTINA EM DESTAQUE!



                                        
                                           Elaine de Almeida Constante
 Marisa Aparecida de Souza Oliveira
 Luciana Carobrez
 Bruna Tardini.

Centro Educacional SESI de Bragança Paulista
Ensino Fundamental
7ª série do Ensino Fundamental de 8 anos
 Geografia, Língua Portuguesa, Inglês
2012
Ce012@sesisp.org.br
Telefone: 11 – 4035 1701
E-mail: elaineconstante@hotmail.com




Bragança Paulista
2013
Resumo da Sequência Didática
A Região Bragantina em Destaque!

Considerando as expectativas de aprendizagem, a sequência partiu de uma situação problema apresentada no espaço escolar, em Geografia, que preparava para  conhecimentos prévios introdutórios da composição das paisagens naturais e humanizadas do Brasil e do Mundo,  partindo de conhecimentos da Região em que estamos inseridos, indo da hiponímia à abrangência da hiperonímia, diagnostiquei que os educandos desconheciam a Região que habitamos, não reconhecendo quais cidades compõem-na e as características básicas da Região Bragantina.
Dado o exposto, vi a necessidade imediata de tomada de decisão para reverter conceitos errôneos enraizados, buscando parceria com outras disciplinas para alcançar o aprendizado esperado, pois se a hiponímia não acontece não se alcança a hiperonímia.
Em Língua Portuguesa, abordava-se a Resenha Turística, oportunizando unir conceitos humanos e físicos ao contexto deste gênero, possibilitando conhecimento, informação e opinião.
A junção das disciplinas permitiu o aprofundamento do assunto oportunizando o lançamento de desafios, a descoberta orientada e lúdica de conhecimentos à construção de um saber concretizado.
Nesta busca, conhecer as cidades da região tornou-se instrumento mobilizador às ações interdisciplinares, aguçando o sabor da descoberta à questão e outras surgidas. Constituindo-se em um Guia Visual da Região Bragantina, um dos produtos finais deste relato.
Introdução
 Nas aulas de Geografia e demais disciplinas é comum a sondagem de conhecimentos prévios ao nortear do trabalho do professor focando o aprendizado do educando. E em um desses momentos, quando abordava-os para introdução da Unidade 05: (Configuração das paisagens no Brasil e do Mundo - movimento do aprender 8ºano), percebi que os educandos desconheciam a região em que vivemos.
Surpreendi-me com o diagnóstico, pois acreditava que obteria outro resultado. Esperava que saberiam mais do que informações básicas e diagnostiquei que nem o básico conheciam, uma vez que influenciados pela TV, acreditavam que as cidades da região inseriam também algumas do litoral, devido à previsão do tempo apresentada pela TV Vanguarda. 
Aproveitei e indiquei que tais cidades citadas não pertenciam a Região Bragantina, causando enorme problematização, uma vez que insistiam no sim.
Vi que não adiantava discutir, era preciso ação, levá-los a descobrir informações precisas, agindo sobre o problema.
Em Língua Portuguesa, surgiu a oportunidade de somatizarmos os conteúdos em estudo, pois acontecia nesta disciplina, abordagem do capítulo: (Me conta que eu vou – movimento do aprender 8º ano), estudo de resenha turística, uma ótima oportunidade de junção de saberes, tornando estes mais significativos ao aluno. Juntas começamos a elaborar metodologias para atingir as habilidades e competências traçadas. Sua intenção era avançar com o estudo das resenhas, permitindo o aluno produzir textos além dos quais estavam sendo vistos. Surgia a oportunidade de conhecer a fundo a região e possibilitar a sistematização do conhecimento através de desafios instigantes, como produzir resenhas e informações extras para a composição de um guia visual da região, permitindo em Língua Portuguesa, o estudo de novos gêneros e subgêneros deste produto final e em geografia, os conhecimentos humanos e físicos necessários a hiperonímia traçada.
Partindo destas considerações, iniciou-se esta sequência multidisciplinar envolvendo as disciplinas citadas e posteriormente, a de Inglês, logo que começaram a abordagem estrutural do guia visual.
Outras práticas do conhecimento aconteceram, sempre oportunizando a avaliação formal, como informal, construída continuamente em cada etapa da sequência. Afinal, em cada avanço programado, diante das dificuldades ou sucesso, disponibilizávamos a autoavaliação dos envolvidos, tanto discente, como docente, a fim de conquistarmos o esperado, inicialmente, diante das expectativas programadas, bem como a concretização de que o trabalho contribuísse à eficácia do aprendizado almejado.

Justificativa e Relevância

Conhecer a região bragantina para, posteriormente, aprofundar na composição das paisagens naturais e humanizadas do Brasil e do Mundo, fator essencial, que me fez retomar as estratégias metodológicas traçadas. Diante do diagnóstico inicial, o desconhecimento da região e as informações errôneas enraizadas de pais para filhos era preciso agir, dinamizar, concretizar as informações e para isso, não adiantariam informações prontas, era o momento para a ação do educando, as descobertas teriam de ser feitas por eles e assim reverter os conceitos.

Objetivos

- Partir da hiponímia à hiperonímia;
- Sondar, estudar e aprofundar nos conhecimento da região;
- Aprofundar os estudos para o conhecimento da composição das paisagens naturais e humanizadas do Brasil e do Mundo;
- Disponibilizar desafios para o educando recriar e transformar o conhecimento.
- Estabelecer relações com outras disciplinas, mantendo a interdisciplinaridade entre elas, os conteúdos, os gêneros em estudo e o conhecimento.  

Expectativas de aprendizagem
             Geografia
             9 – Entender a relação entre diferentes elementos (solo, relevo, clima, hidrografia, vegetação e ocupação humana) na configuração das paisagens em diferentes partes do globo, identificando aqueles que predominam.
             12 – Identificar e localizar as principais paisagens do planeta, analisando sua importância para os países onde se encontram.
             16- Localizar os principais rios e bacias hidrográficas do Brasil, analisando diferentes formas de uso e gerenciamento, assim como sua importância para diferentes setores da sociedade.
Língua Portuguesa
             6 - Identificar, compreender e explicar os recursos expressivos intencionalmente registrados pelo autor (adjetivos, advérbios, conjunções, citações, comentários, pontuação, etc.), sabendo utilizá-los em produções textuais.
           8- Identificar e distinguir os recursos que organizam e estruturam diferentes gêneros de textos, tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organização textual, o contexto de produção e aspectos linguístico-discursivos dos mesmos: anúncio publicitário, canção, carta de solicitação, carta do leitor, cartum, charge, coluna, conto fantástico, crônica jornalística, debate regrado, dissertação escolar, editorial, notícias, perfil, poema, regimentos, relato de viagem, reportagens, resenha, romance, seminário, tirinhas, trailer, entre outros.
          13- Observar, refletir, reconhecer e aplicar as marcas linguísticas que compõem o gênero textual em estudo.
          14 - Opinar com clareza e coerência, oralmente e por escrito, sobre o texto em estudo, tendo por referências citações do próprio texto, outras leituras e experiências pessoais.
          15 - Pesquisar, analisar e comparar informações, obras, autores e temas obtidos em diferentes fontes.
         17 - Produzir textos considerando o gênero textual em estudo, de acordo com sua função, organização textual e aspectos linguístico-discursivos, pressupondo o enunciador, o interlocutor e os meios de circulação, utilizando também os recursos coesivos da oralidade e da escrita.
21      - Retextualizar os próprios textos, com orientação do professor, adequando-os aos gêneros orais e/ ou escritos e ao contexto de produção (interlocutores, finalidade, lugar e momento em que se dá a interação), observando a coerência e a unidade textual.
             22- Socializar, oralmente e/ ou por escrito, as experiências de leitura de formas diversificadas.
Inglês
            1 - Produzir gêneros textuais observando estrutura, relação entre as partes e função social.
            2 - Reformular sua própria produção escrita demonstrando adequação quanto ao contexto de produção, a organização textual e aos aspectos linguístico-discursivos (coesão verbal e nominal, conectivos, vozes, modalizações e campo lexical).
            17 - Identificar e relacionar as diferentes culturas existentes de forma a atuar e interagir com a diversidade sociocultural.

Metodologias/ Desenvolvimento das atividades
Roda de Conversa – Questionei-os sobre as cidades que compõem a Região Bragantina e percebi que os educando desconheciam-na, inclusive conhecimentos básicos e essenciais. Percebi, neste momento, que teria de rever minha programação partindo desta hiponímia para atingir a Configuração das paisagens do Brasil e do Mundo.                                                                         
Atividade 1 – Pesquisa no LIE. Propus que confirmassem as respostas levantadas em sala, através de uma pesquisa:  Quais cidades compõem a Região Bragantina, atentando para que pesquisassem em sites indicados por mim, evitando que as informações pudessem ainda dificultar os conhecimentos esperados e anotassem os resultados. Em seguida socializamos as respostas encontradas.
Atividade 2 – Em L. P., caminhava-se para a retextualização de resenhas escritas, uma vez que já havia se trabalhado, através das propostas do material didático: (Movimento do aprender, 8º ano, E. Fundamental), entre outras estratégias traçadas, partiu-se para um avançar. Iniciou-se no LIE, pesquisa de imagens das cidades da região bragantina, aproveitando da linguagem não verbal, a possiblidade de inferência ao que as imagens transmitiam e revelavam daquela cidade.
Atividade 3 e 4 – Em geografia, optei por utilizar o LIE, para leitura de informações destas cidades e pesquisas referentes aos aspectos físicos e sociais. E elaboração de gráficos com as informações.
Atividade 5 – Em L.P., era o momento de explorar o que é um guia visual, quais informações contêm como é estruturado. Um momento, também, de percepção e relação, já que os guias observados traziam semelhanças e diferenças. 
Atividade 6 – Trabalho com o contexto de produção dos gêneros do guia visual e marcadores linguísticos, bem como aprofundar o olhar para a sua estrutura.
Atividade 7 – Em Geografia, a necessidade de pesquisar sobre diferentes elementos físicos, como solo, relevo, clima, hidrografia, vegetação e assim, associá-los a ocupação humana. Sempre atentando que a autoavaliação acontecesse, ora oralmente, ora escrita, mas que registrasse o conteúdo pesquisado.
Atividade 8 – Aproveitando a mobilização gerada, com as imagens observadas e inferidas, em LP propôs-se a elaboração de cartões-postais para presentear aos pais, uma vez que alguns destes também desconheciam a região e tinham a mesma visão do educando, aquele diagnóstico indicador para o nortear desta sequência.  Constituindo 16 cartões-postais personalizados que compuseram um quite. Também, estudo do gênero, composição, funcionalidade e intencionalidade.
Atividade 9 – Em geografia, através dos cartões analisamos cada paisagem, inferimos e discutimos sobre os diferentes e semelhantes elementos que compunham cada uma delas.  Como a Serra da Mantiqueira e o clima Tropical de Altitude...
Atividade 10 - Já que o assunto girava em torno da Região Bragantina, aproveitei para que os educandos elaborassem questões para produto final, a elaboração de um jogo de tabuleiro como instrumento de avaliação dos conhecimentos essenciais.  Transformando a avaliação em um momento prazeroso.
Atividade 11 – Diante destas atividades, chegou o momento de sistematizar, em língua portuguesa, organizou-se as duplas, que teve de organizar as informações registradas por escrito em pastas salvas no “PC”, de forma que ambas as duplas de cada sala elaborassem e acordassem na construção do guia visual da cidade sorteada.
Atividade 12- A construção do guia visual – Em Língua Portuguesa, orientava-se a estruturação, escrita e retextualizações das resenhas turísticas, e em geografia, a montagem das informações físicas, geográficas e econômicas levantadas. Bem com a histórica, em português, curiosidades e informações ao turista em Geografia.
A partir de então, as aulas das duas disciplinas passaram a acontecer no LIE. Convém lembrar que as informações referentes as ferramentas para atender a estrutura elaborada pela professora de L.P. e por mim eram direcionadas pela (ASE).
Cada turma tinha o compromisso de revisar o que a outra acrescentou, para depois dar continuidade.
Atividade 13 – Neste momento, formamos um tripé do conhecimento, pois a professora de inglês, diante de suas expectativas, viu a possiblidade de somar tal construção e suas aulas, também passaram a compartilhar as ferramentas do LIE, levando os alunos a traduzir as resenhas já escritas para a língua inglesa, enriquecendo nosso Guia Visual.
Atividade 14 – Quase elaborado o guia visual, chegou a hora de revisar e retextualizar as informações. Dessa forma, cada disciplina atentou para as habilidades contempladas, aos momentos de reflexão e autoavaliação do produto construído até então.
Atividade 15 – Os guias ficaram prontos. Foi o momento de juntarmos as duplas de cada sala em um único momento para apresentar informações essenciais de cada cidade da região. Um momento primordial para multiplicação do aprendizado e avaliação do conhecimento.
Atividade 16 – Junção dos exemplares da cidade em um único da região.           Atividade 17 – Avançar – Diante de uma conotação subversiva, as imagens coletadas inicialmente, em LP, compôs painéis de releitura da Região Bragantina. Somatizada a retomada e reavaliação do gênero poesia já trabalhado anteriormente.
Atividade 18 - Chegara a hora de aprofundar a hiperonímia idealizada, utilizando-se o material didático: (Movimento do Aprender, cap. 05. Configuração das paisagens do Brasil e do Mundo), conforme as atividades propostas e aprofundamento esperado.
Atividade 19 - Avaliação final – De maneira informal, o jogo de tabuleiro concretizou-se como avanço e criatividade dos educandos também somou-se a este a construção do jogo: Cubo Mágico”.                                      
Conclusão
Dado o exposto, podemos dizer que foi um trabalho bastante prazeroso de se direcionar, instigando a relação interpessoal com os educandos, permitindo-os buscar os conhecimentos, bem como comprová-los. Há alunos que foram além, junto da família, visitaram a cidade pesquisada, buscando informações concretas, entrevistando moradores e conhecedores da região, demonstrando prazer em pesquisar.
Podemos dizer que o aprendizado aconteceu, a construção desse saber será levado por esses alunos e transmitidos a outrem, com satisfação e convicção de suas respostas.
Afirmo que esperava que meus alunos, diante dos conhecimentos prévios demonstrassem saberes da região, mas foi graças à construção errônea, e o precisar retomar novos rumos, que permearam essa conquista, permitindo a mim e as professoras envolvidas, a percepção dos quanto nossos alunos são capazes de proporcionar.  Basta motivá-los e acreditar em tal capacidade.




Referências bibliografias

SESI – SP. Referenciais Curriculares da rede SESI – São Paulo: SESI, 2003 CD – ROM.
SESI – SP. Serviço Social da Indústria. Movimento do Aprender. 8º ano, Geografia. São Paulo,1ª edição, 2010.
SESI-SP. Serviço Social da Indústria. Movimento do Aprender. 8º ano, Língua Portuguesa. São Paulo,1ª edição, 2010.         
Documentos eletrônicos
www.serranegra.com.br/, acesso em 02 maio 2012.

www.pinhalzinho.sp.gov.br/‎, acesso em 02 maio 2012.

www.atibaia.sp.gov.br/‎, acesso em 09 maio 2012.

www.braganca.sp.gov.br/, acesso em 09 maio 2012.

www.lindoia.com.br/, acesso em 11 maio 2012.

www.aguasdelindoia.com.br/, acesso em 11 maio 2012.

www.socorro.com.br/, acesso em 23 maio 2012.

www.nazarepaulista.com.br/‎, acesso em 23 maio 2012.

www.joanopolis.com.br/, acesso em 30 maio 2012.







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