A REGIÃO BRAGANTINA EM DESTAQUE!
Marisa Aparecida de Souza Oliveira
Luciana Carobrez
Bruna Tardini.
Centro
Educacional SESI de Bragança Paulista
Ensino Fundamental
7ª série do
Ensino Fundamental de 8 anos
Geografia, Língua Portuguesa, Inglês
2012
Ce012@sesisp.org.br
Telefone: 11 –
4035 1701
E-mail: elaineconstante@hotmail.com
Bragança
Paulista
2013
Resumo da Sequência Didática
A Região Bragantina em Destaque!
Considerando as
expectativas de aprendizagem, a sequência partiu de uma situação problema
apresentada no espaço escolar, em Geografia, que preparava para conhecimentos prévios introdutórios da
composição das paisagens naturais e humanizadas do Brasil e do Mundo, partindo de conhecimentos da Região em que
estamos inseridos, indo da hiponímia à abrangência da hiperonímia, diagnostiquei
que os educandos desconheciam a Região que habitamos, não reconhecendo quais
cidades compõem-na e as características básicas da Região Bragantina.
Dado o exposto, vi a necessidade
imediata de tomada de decisão para reverter conceitos errôneos enraizados,
buscando parceria com outras disciplinas para alcançar o aprendizado esperado, pois
se a hiponímia não acontece não se alcança a hiperonímia.
Em Língua Portuguesa, abordava-se
a Resenha Turística, oportunizando unir conceitos humanos e físicos ao contexto
deste gênero, possibilitando conhecimento, informação e opinião.
A junção das disciplinas permitiu
o aprofundamento do assunto oportunizando o lançamento de desafios, a descoberta
orientada e lúdica de conhecimentos à construção de um saber concretizado.
Nesta busca, conhecer as
cidades da região tornou-se instrumento mobilizador às ações interdisciplinares,
aguçando o sabor da descoberta à questão e outras surgidas. Constituindo-se em um
Guia Visual da Região Bragantina, um dos produtos finais deste relato.
Introdução
Nas aulas de Geografia e demais disciplinas é
comum a sondagem de conhecimentos prévios ao nortear do trabalho do professor
focando o aprendizado do educando. E em um desses momentos, quando abordava-os para
introdução da Unidade 05: (Configuração das paisagens no Brasil e do Mundo -
movimento do aprender 8ºano), percebi que os educandos desconheciam a região em
que vivemos.
Surpreendi-me com o
diagnóstico, pois acreditava que obteria outro resultado. Esperava que saberiam
mais do que informações básicas e diagnostiquei que nem o básico conheciam, uma
vez que influenciados pela TV, acreditavam que as cidades da região inseriam
também algumas do litoral, devido à previsão do tempo apresentada pela TV Vanguarda.
Aproveitei e indiquei que
tais cidades citadas não pertenciam a Região Bragantina, causando enorme problematização,
uma vez que insistiam no sim.
Vi que não adiantava
discutir, era preciso ação, levá-los a descobrir informações precisas, agindo
sobre o problema.
Em Língua Portuguesa,
surgiu a oportunidade de somatizarmos os conteúdos em estudo, pois acontecia
nesta disciplina, abordagem do capítulo: (Me conta que eu vou – movimento do
aprender 8º ano), estudo de resenha turística, uma ótima oportunidade de junção
de saberes, tornando estes mais significativos ao aluno. Juntas começamos a
elaborar metodologias para atingir as habilidades e competências traçadas. Sua
intenção era avançar com o estudo das resenhas, permitindo o aluno produzir
textos além dos quais estavam sendo vistos. Surgia a oportunidade de conhecer a
fundo a região e possibilitar a sistematização do conhecimento através de
desafios instigantes, como produzir resenhas e informações extras para a
composição de um guia visual da região, permitindo em Língua Portuguesa, o
estudo de novos gêneros e subgêneros deste produto final e em geografia, os
conhecimentos humanos e físicos necessários a hiperonímia traçada.
Partindo destas
considerações, iniciou-se esta sequência multidisciplinar envolvendo as
disciplinas citadas e posteriormente, a de Inglês, logo que começaram a
abordagem estrutural do guia visual.
Outras práticas do
conhecimento aconteceram, sempre oportunizando a avaliação formal, como
informal, construída continuamente em cada etapa da sequência. Afinal, em cada
avanço programado, diante das dificuldades ou sucesso, disponibilizávamos a autoavaliação
dos envolvidos, tanto discente, como docente, a fim de conquistarmos o
esperado, inicialmente, diante das expectativas programadas, bem como a
concretização de que o trabalho contribuísse à eficácia do aprendizado almejado.
Justificativa e Relevância
Conhecer a região
bragantina para, posteriormente, aprofundar na composição das paisagens
naturais e humanizadas do Brasil e do Mundo, fator essencial, que me fez
retomar as estratégias metodológicas traçadas. Diante do diagnóstico inicial, o
desconhecimento da região e as informações errôneas enraizadas de pais para
filhos era preciso agir, dinamizar, concretizar as informações e para isso, não
adiantariam informações prontas, era o momento para a ação do educando, as
descobertas teriam de ser feitas por eles e assim reverter os conceitos.
Objetivos
- Partir da hiponímia à
hiperonímia;
- Sondar, estudar e aprofundar
nos conhecimento da região;
- Aprofundar os estudos
para o conhecimento da composição das paisagens naturais e humanizadas do
Brasil e do Mundo;
- Disponibilizar desafios
para o educando recriar e transformar o conhecimento.
- Estabelecer relações com
outras disciplinas, mantendo a interdisciplinaridade entre elas, os conteúdos,
os gêneros em estudo e o conhecimento.
Expectativas de aprendizagem
Geografia
9
– Entender a relação entre diferentes elementos (solo, relevo, clima,
hidrografia, vegetação e ocupação humana) na configuração das paisagens em
diferentes partes do globo, identificando aqueles que predominam.
12
– Identificar e localizar as principais paisagens do planeta, analisando sua
importância para os países onde se encontram.
16-
Localizar os principais rios e bacias hidrográficas do Brasil, analisando
diferentes formas de uso e gerenciamento, assim como sua importância para
diferentes setores da sociedade.
Língua Portuguesa
6 - Identificar, compreender e explicar os
recursos expressivos intencionalmente registrados pelo autor (adjetivos,
advérbios, conjunções, citações, comentários, pontuação, etc.), sabendo
utilizá-los em produções textuais.
8- Identificar e
distinguir os recursos que organizam e estruturam diferentes gêneros de textos,
tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organização textual, o
contexto de produção e aspectos linguístico-discursivos dos mesmos: anúncio
publicitário, canção, carta de solicitação, carta do leitor, cartum, charge,
coluna, conto fantástico, crônica jornalística, debate regrado, dissertação
escolar, editorial, notícias, perfil, poema, regimentos, relato de viagem,
reportagens, resenha, romance, seminário, tirinhas, trailer, entre outros.
13- Observar, refletir, reconhecer e aplicar as marcas linguísticas que
compõem o gênero textual em estudo.
14 - Opinar com clareza e coerência, oralmente e por escrito, sobre o
texto em estudo, tendo por referências citações do próprio texto, outras
leituras e experiências pessoais.
15 - Pesquisar, analisar e comparar informações, obras, autores e temas
obtidos em diferentes fontes.
17 - Produzir textos considerando o gênero textual em estudo, de acordo
com sua função, organização textual e aspectos linguístico-discursivos,
pressupondo o enunciador, o interlocutor e os meios de circulação, utilizando
também os recursos coesivos da oralidade e da escrita.
21 - Retextualizar os
próprios textos, com orientação do professor, adequando-os aos gêneros orais e/
ou escritos e ao contexto de produção (interlocutores, finalidade, lugar e
momento em que se dá a interação), observando a coerência e a unidade textual.
22- Socializar, oralmente e/ ou por escrito, as experiências de
leitura de formas diversificadas.
Inglês
1 - Produzir gêneros textuais
observando estrutura, relação entre as partes e função social.
2 - Reformular sua própria produção
escrita demonstrando adequação quanto ao contexto de produção, a organização
textual e aos aspectos linguístico-discursivos (coesão verbal e nominal,
conectivos, vozes, modalizações e campo lexical).
17 - Identificar e relacionar as
diferentes culturas existentes de forma a atuar e interagir com a diversidade
sociocultural.
Metodologias/
Desenvolvimento das atividades
Roda de Conversa
– Questionei-os sobre as cidades que compõem a Região Bragantina e percebi que
os educando desconheciam-na, inclusive conhecimentos básicos e essenciais.
Percebi, neste momento, que teria de rever minha programação partindo desta
hiponímia para atingir a Configuração das paisagens do Brasil e do Mundo.
Atividade 1
– Pesquisa no LIE. Propus que confirmassem as respostas levantadas em sala,
através de uma pesquisa: Quais cidades
compõem a Região Bragantina, atentando para que pesquisassem em sites indicados
por mim, evitando que as informações pudessem ainda dificultar os conhecimentos
esperados e anotassem os resultados. Em seguida socializamos as respostas
encontradas.
Atividade 2 – Em
L. P., caminhava-se para a retextualização de resenhas escritas, uma vez que já
havia se trabalhado, através das propostas do material didático: (Movimento do
aprender, 8º ano, E. Fundamental), entre outras estratégias traçadas, partiu-se
para um avançar. Iniciou-se no LIE, pesquisa de imagens das cidades da região
bragantina, aproveitando da linguagem não verbal, a possiblidade de inferência ao
que as imagens transmitiam e revelavam daquela cidade.
Atividade 3 e 4
– Em geografia, optei por utilizar o LIE, para leitura de informações destas
cidades e pesquisas referentes aos aspectos físicos e sociais. E elaboração de
gráficos com as informações.
Atividade 5
– Em L.P., era o momento de explorar o que é um guia visual, quais informações
contêm como é estruturado. Um momento, também, de percepção e relação, já que
os guias observados traziam semelhanças e diferenças.
Atividade 6
– Trabalho com o contexto de produção dos gêneros do guia visual e marcadores
linguísticos, bem como aprofundar o olhar para a sua estrutura.
Atividade 7
– Em Geografia, a necessidade de pesquisar sobre diferentes elementos físicos,
como solo, relevo, clima, hidrografia, vegetação e assim, associá-los a
ocupação humana. Sempre atentando que a autoavaliação acontecesse, ora
oralmente, ora escrita, mas que registrasse o conteúdo pesquisado.
Atividade 8
– Aproveitando a mobilização gerada, com as imagens observadas e inferidas, em
LP propôs-se a elaboração de cartões-postais para presentear aos pais, uma vez
que alguns destes também desconheciam a região e tinham a mesma visão do
educando, aquele diagnóstico indicador para o nortear desta sequência. Constituindo 16 cartões-postais
personalizados que compuseram um quite. Também, estudo do gênero, composição,
funcionalidade e intencionalidade.
Atividade 9
– Em geografia, através dos cartões analisamos cada paisagem, inferimos e
discutimos sobre os diferentes e semelhantes elementos que compunham cada uma
delas. Como a Serra da Mantiqueira e o
clima Tropical de Altitude...
Atividade 10 -
Já que o assunto girava em torno da Região Bragantina, aproveitei para que os
educandos elaborassem questões para produto final, a elaboração de um jogo de
tabuleiro como instrumento de avaliação dos conhecimentos essenciais. Transformando a avaliação em um momento
prazeroso.
Atividade 11 –
Diante destas atividades, chegou o momento de sistematizar, em língua
portuguesa, organizou-se as duplas, que teve de organizar as informações
registradas por escrito em pastas salvas no “PC”, de forma que ambas as duplas
de cada sala elaborassem e acordassem na construção do guia visual da cidade
sorteada.
Atividade 12-
A construção do guia visual – Em Língua Portuguesa, orientava-se a
estruturação, escrita e retextualizações das resenhas turísticas, e em
geografia, a montagem das informações físicas, geográficas e econômicas
levantadas. Bem com a histórica, em português, curiosidades e informações ao
turista em Geografia.
A partir de então, as aulas das duas disciplinas passaram
a acontecer no LIE. Convém lembrar que as informações referentes as ferramentas
para atender a estrutura elaborada pela professora de L.P. e por mim eram
direcionadas pela (ASE).
Cada turma tinha o compromisso de revisar o que a outra
acrescentou, para depois dar continuidade.
Atividade 13 –
Neste momento, formamos um tripé do conhecimento, pois a professora de inglês,
diante de suas expectativas, viu a possiblidade de somar tal construção e suas
aulas, também passaram a compartilhar as ferramentas do LIE, levando os alunos
a traduzir as resenhas já escritas para a língua inglesa, enriquecendo nosso
Guia Visual.
Atividade 14 –
Quase elaborado o guia visual, chegou a hora de revisar e retextualizar as
informações. Dessa forma, cada disciplina atentou para as habilidades
contempladas, aos momentos de reflexão e autoavaliação do produto construído
até então.
Atividade 15 –
Os guias ficaram prontos. Foi o momento de juntarmos as duplas de cada sala em
um único momento para apresentar informações essenciais de cada cidade da
região. Um momento primordial para multiplicação do aprendizado e avaliação do
conhecimento.
Atividade 16 –
Junção dos exemplares da cidade em um único da região. Atividade
17 – Avançar – Diante de uma conotação subversiva, as imagens coletadas
inicialmente, em LP, compôs painéis de releitura da Região Bragantina. Somatizada
a retomada e reavaliação do gênero poesia já trabalhado anteriormente.
Atividade 18 - Chegara
a hora de aprofundar a hiperonímia idealizada, utilizando-se o material
didático: (Movimento do Aprender, cap. 05. Configuração das paisagens do Brasil
e do Mundo), conforme as atividades propostas e aprofundamento esperado.
Atividade 19 - Avaliação
final – De maneira informal, o jogo de tabuleiro concretizou-se como avanço e
criatividade dos educandos também somou-se a este a construção do jogo: Cubo
Mágico”.
Conclusão
Dado o exposto, podemos dizer que foi um
trabalho bastante prazeroso de se direcionar, instigando a relação interpessoal
com os educandos, permitindo-os buscar os conhecimentos, bem como comprová-los.
Há alunos que foram além, junto da família, visitaram a cidade pesquisada,
buscando informações concretas, entrevistando moradores e conhecedores da
região, demonstrando prazer em pesquisar.
Podemos dizer que o aprendizado aconteceu,
a construção desse saber será levado por esses alunos e transmitidos a outrem,
com satisfação e convicção de suas respostas.
Afirmo que esperava que meus alunos,
diante dos conhecimentos prévios demonstrassem saberes da região, mas foi
graças à construção errônea, e o precisar retomar novos rumos, que permearam
essa conquista, permitindo a mim e as professoras envolvidas, a percepção dos
quanto nossos alunos são capazes de proporcionar. Basta motivá-los e acreditar em tal
capacidade.
Referências
bibliografias
SESI – SP. Referenciais
Curriculares da rede SESI – São Paulo: SESI, 2003 CD – ROM.
SESI – SP. Serviço Social da
Indústria. Movimento do Aprender. 8º
ano, Geografia. São Paulo,1ª edição, 2010.
SESI-SP. Serviço Social da Indústria. Movimento do Aprender. 8º ano, Língua
Portuguesa. São Paulo,1ª edição, 2010.
Documentos eletrônicos
www.serranegra.com.br/, acesso em 02 maio 2012.
www.pinhalzinho.sp.gov.br/, acesso em 02 maio 2012.
www.atibaia.sp.gov.br/, acesso em 09 maio 2012.
www.braganca.sp.gov.br/, acesso em 09 maio 2012.
www.lindoia.com.br/, acesso em 11 maio 2012.
www.aguasdelindoia.com.br/, acesso em 11 maio 2012.
www.socorro.com.br/, acesso em 23 maio 2012.
www.nazarepaulista.com.br/, acesso em 23 maio 2012.
www.joanopolis.com.br/, acesso em 30 maio 2012.
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