terça-feira, 20 de março de 2012

Projeto Resgate do Passado

Autora: Marisa Aparecida de Souza Oliveira
E.M.E.F.”Sargento Sebastião José Monteiro”
  ano A,B,C,D,E do Ensino Fundamental de 2012
Disciplina: Língua Portuguesa
Professoras responsáveis pelo desenvolvimento do Projeto
Ana Maria Tavella
Marisa Aparecida de Souza Oliveira


Projeto Resgate do Passado

Expectativas de aprendizagem

                 
                - Identificar, compreender e explicar os recursos expressivos intencionalmente registrados pelo autor (adjetivos, advérbios, conjunções, citações, comentários, pontuação, etc.), sabendo utilizá-los em produções textuais.

               
-  Identificar e distinguir os recursos que organizam e estruturam diferentes
gêneros de textos, tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organização textual, o contexto de produção e aspectos linguísto-discursivos dos mesmos:poema e relatos de memória

 -  Identificar, compreender e utilizar as convenções externas ao sistema de representação da língua escrita, tais como: segmentação das palavras e frases, uso de maiúsculas, paragrafação, escrita correta das palavras, inclusive acentuação, e pontuação.

 -  Identificar, interpretar e explicar o assunto e o núcleo temático do texto em estudo.

-  Inferir o sentido (literal ou figurado) das palavras ou expressões a partir de elementos presentes no texto e do contexto de produção.

-  Localizar informações explícitas e implícitas contidas no texto em estudo, explicando-as.

-  Observar, refletir, reconhecer e aplicar as marcas linguísticas que compõem o gênero textual em estudo.

 - Produzir textos considerando o gênero textual em estudo, de acordo com sua função, organização textual e aspectos linguístico-discursivos, pressupondo o enunciador, o interlocutor e os meios de circulação, utilizando também os recursos coesivos da oralidade e da escrita.

 - Reconhecer, compreender e distinguir as marcas das variantes linguísticas orais e escritas (de espaço físico, grupo social, faixa etária, grupos profissionais, etc.), sabendo justificá-las e compará-las à variante-padrão do Português do Brasil.

- Retextualizar os próprios textos, com orientação do professor, adequando-os aos gêneros orais e/ ou escritos e ao contexto de produção (interlocutores, finalidade, lugar e momento em que se dá a interação), observando a coerência e a unidade textual.

               
                - Socializar, oralmente e/ ou por escrito, as experiências de leitura de formas diversificadas.


Conteúdo: Produção de poemas e relatos de  memória, análise de  textos e inferência, comparação entre textos, classes de palavras: Substantivos, pronomes e verbos, sinonímia, estudo de textos com informações explícitas e implícitas, dramatizar situações
Produto Final: Exposição: Resgate do Passado


Metodologias/ Desenvolvimento das atividades
Roda de Conversa – Para introdução do projeto,, questioná-los sobre o passado. A fim de sondar o interesse dos mesmos e conhecimentos. Solicitar que conversem com os pais e avós, perguntando o que existia antigamente e hoje não existe mais, ou existe e se transformou com o passar dos tempos.

Atividade 1 – Continuando na aula seguinte, socializar as informações trazidas, organizando uma plenária para que todos socializem as informações trazidas e possam ser entendidas. Aproveitar para registrar o conteúdo apresentado em um cartaz ilustrativo a ser fixado em sala,para posterior consulta.
Atividade 2 – Propor a leitura  do texto Ferro a Carvão e observar as mudanças de uns objetos. Aproveitar para trabalhar com  os verbos e pronomes do texto, atentando ao tempo verbal e a substituição de termos por pronomes, constituindo a coesão no texto, assim evitando as repetições.
Atividade 3 – Propor a leitura do texto Antigamente de Carlos Drummond de Andrade, atentando as etapas de leitura: leitura silenciosa, em voz alta coletiva, e feita pela professora, verificando o entendimento de cada parágrafo do texto, com sondagem de vocabulário, por indução de informações e posterior consulta no dicionário dos vocabulários não deduzidos no texto.
Atividade 4 Estudo do texto citado, seguida de pesquisa sobre o autor.
Atividade 5 – Produção inicial de um poema,  a fim de diagnosticar os conhecimentos sobre o gênero. Neste momento aproveitar para utilizar as informações da pesquisa inicial, registradas. Tema do poema: E tudo mudou... Comparar em um texto poético, o antigamente e o hoje. Reservar os textos para análise do professor.
Atividade 5 – Em sala, estudar a estrutura e características do poema e poesia. Utilizar diversos textos no projeto de leitura, relacionados ao gênero.
Atividade 6 – Entregar o texto E tudo mudou , Luis Fernando Veríssimo, lendo com os alunos e verificando a construção do texto e as comparações feitas pelo autor entre as mudanças ocorridas. Chamar a atenção que muitas citações do autor, já estão ultrapassadas. Levando-os a refletir, sobre a rapidez em que as informações acontecem e se modificam.


Atividade 7  Selecionar as estrofes com informações mais confusas e difíceis de entendimento ou relevantes pelo tema, como a estrofe que comenta: “maconha é calmante...” E interpretá-la com os alunos.

 Atividade 8 – Aproveitar o texto para trabalhar com os verbos de ação. E os substantivos presentes, podendo revisar a classificação dos mesmos.

 Atividade 09 -Explorar os recursos utilizados, como linguagem, estrutura, ambiente. E as ideias implícitas em ambos os textos.

Atividade 10 – Utilizar o texto Antigamente, como lição de casa, possibilitando a multiplicação da leitura , solicitando que os educandos leiam o texto aos pais e avós e assim socializem os conhecimentos, trazendo os resultados para a sala.
Atividade 11 – Socializar os conhecimentos trazidos e  registrar as informações relevantes.
Atividade 12 – Convidar um membro, ou mais, da comunidade para dar palestras sobre o passado. Apresentando relato de experiências vividas ou ouvidas por seus antepassados.
Atividade 14 Continuar este resgate, buscando informações históricas sobre a cidade em que vivem, no caso, Vargem.
Atividade 15 – Aproveitar o texto inicial e orientá-los a retextualizá-lo, adequando ao gênero: Poema e aproveitando para possíveis adaptações.
Atividade 16 – Problematização: relação passado x presente. Instigá-los a imaginar-se vivendo no passado. Como agiriam, acostumariam com o primitivo, etc.
 Atividade 17 – Propor a escrita de relatos de memória, colocando-os educandos como protagonistas do enredo, relembrando os fatos relevantes, na opinião de cada um para a escrita do relato.
Atividade 18 – Atentar as características do relato, verbos no passado, uso da 1ª pessoa, o uso de comparações e sinestesia. Aproveitar para mostrar textos com estes recursos da linguagem figurada. Reforçando o uso nos relatos.




Atividade 19 -  Convidá-los à retextualizarem o relato produzido, atentando-se ao uso dos recursos estudados.
Atividade 20 – Incentivá-los a pesquisar músicas antigas, compondo um repertório para ensaios e coral a ser apresentado como uma das atividades da exposição. Juntos selecionarem as canções.

Atividade 21- Selecionar entre os relatos os melhores para apresentação no evento.

Atividade 22 – Leitura do poema: Meus oito anos, Casimiro de Abreu, e escolha de um alunos para apresentá-lo em monólogo.
Atividade 23 – Solicitar a busca de objetos antigos em casa ou com familiares para comporem a exposição: Resgate do Passado. Também a possibilidade de confeccionarem objetos antigos em miniatura para o evento. Também, doces antigos, como o de abóbora, o bolo de fubá, melado, etc.
Atividade 24 – Visita ao Museu Celso Russomano, de Bragança Paulista, conforme possibilidade de agendamento.
Atividade 25 – Confecção de convites para a exposição..

Atividade 26 – Propor um trabalho mais focado na organização, roteiro, oradores, monitores da exposição, atentando as atividades e papel de cada educando,bem como a responsabilidade assumida.

Atividade 27 – Autoavaliação do educando, atentando-se ao seu desempenho das atividades e participação.


Atividade 28 -  Registro do aprendizado ocorrido, com enfoque ao gênero e informações adquiridas.

Bibliografias
ANDRADE, Carlos Drummond. Antigamente.
VERÍSSIMO, Luis Fernando. E tudo mudou.

Palestras: Memórias...

Analisando documentos históricos


Cartaz da pesquisa inicial
A Exposição
Visitação
Professoras Ana Maria e  Marisa,  idealizadoras do Projeto e Tatá
Professor Antônio Carlos
Diretora Elaine
O coral
Gustavo - Leitura: Meus oito anos - Casimiro de Abreu
Sr. Darcy, Seu pai, Sr Augusto e sua mãe Dona Nega, nossos convidados especiais.
Ana Carla - Monólogo: Emoções eu vivi, de sua própria autoria.
Visitantes: Ex- professora do município e esposo, Supervisoras de Ensino.
Nosso homenageado: Sr Darcy e seus pais - cidadãos "Raízes Vargenses"
Os apresentadores do evento: Leone e larissa Cristina.
Professores atuais prestigiando o evento.
Larissa e Leone
Professor Ari
Sr Wilson e sua esposa Maria Luiza, ex-professora do Sr Darcy.
O casal pé-de-valsa, como eram chamados por seus alunos.
Professores: Marisa, Carla e Diego
Maria Luíza: Memórias... Como era nosso homenageado na escola.
Diego, Carla, Wanderlea, Edirlei e Geovanna.
Sr Darcy e as homenagens.
Sr. Angélica, também ex-professora.
Sr Darcy, emocionado proferindo suas palavras de agradecimento.

Textos usados nas aulas.

 E tudo Mudou
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento…
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
... De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças!

Antigamente - Carlos Drummond de Andrade

Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhe pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não impedi que, nesse entrementes, esse ou aquele embarcasse em canoa furada. Encontravam alguém que lhes passava manta e azulava, dando às de Vila-Diogo. Os mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomavam cautela de não apanhar sereno. Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo, chupando balas de altéia. Ou sonhavam em andar de aeroplano; os quais, de pouco siso, se metiam em camisa de onze varas, e até em calças pardas; não admira que dessem com os burros n'água.


Havia os que tomaram chá em criança, e, ao visitarem família da maior consideração, sabiam cuspir dentro da escarradeira. Se mandavam seus respeitos a alguém, o portador garantia-lhes: Farei presente. Outros, ao cruzarem com um sacerdote, tiravam o chapéu, exclamando: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo; ao que o Reverendíssimo correspondia: Para sempre seja louvado. E os eruditos, se alguém espirrava  sinal de defluxo , eram impelidos a exortar: Dominus tecum. Embora sem saber da missa a metade, os presunçosos queriam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso punham a mão em cumbuca. Era natural que com eles se perdesse a tramontana. A pessoa cheia de melindres ficava sentida com a desfeita que lhe faziam, quando, por exemplo, insinuavam que seu filho era artioso. Verdade seja que às vezes os meninos eram mesmo encapetados; chegavam a pitar escondido, atrás da igreja. As meninas, não: verdadeiros cromos, umas tetéias.

Antigamente, certos tipos faziam negócios e ficavam a ver navios; outros eram pegados com a boca na botija, contavam tudo tintim por tintim e iam comer o pão que o diabo amassou, lá onde Judas perdeu as botas. Uns raros amarravam cachorro com linguinça. E alguns ouviam cantar o galo, mas não sabiam onde. As familias faziam sortimento na venda, tinham conta no carniceiro e arrematavam qualquer quitanda que passasse à porta, desde que o moleque do tabuleiro, quase sempre um cabrito, não tivesse catinga. Acolhiam com satisfação a visita do cometa, que, andando por ceca e meca, trazia novidades de baixo, ou seja, da Corte do Rio de Janeiro. Ele vinha dar dois dedos de prosa e deixar de presente ao dono da casa um canivete roscofe. As donzelas punham carmim e chegavam à sacada para vê-lo apear do macho faceiro. Infelizmente, alguns eram mais do que velhacos: eram grandessíssimos tratantes.

Acontecia o individuo apanhar constipação; ficando perrengue, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à botica para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era phtysica, feia era o gálico. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos lombrigas, asthma os gatos, os homens portavam ceroulas, botinas e capa-de-goma, a casimira tinha de ser superior e mesmo X.P.T.O. London, não havia fotógrafos, mas retratistas, e os cristãos não morriam: descansavam.

Mas tudo isso era antigamente, isto é, outrora.



II


Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais, e se um se esquecia de arear os dentes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de haver na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina para comparecer todo liró ao copo d'água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de um treteiro de topete; depois de fintar e emgabelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco. O diacho eram os filhos da Candinha: quem somava a candongas acabava na rua da amargura, lá encontrando, encafifada, muita gente na embira, que não tinha nem para matar o bicho; por exemplo, o mão-de-defunto.

Bom era ter costas quentes, dar as cartas com a faca e o queijo na mão; melhor ainda, ter uma caixinha de pós de perlimpimpim, pois isso evitava de levar a lata, ficar na pindaíba ou espichar a canela antes que Deus fosse servido. Qualquer um acabava enjerizado se lhe chegavam a urtiga ao nariz, ou se faziam de gato-sapato. Mas que regalo, receber de graça, no dia-de-reis, um capado! Ganhar vidro de cheiro marca barbante, isso não: a mocinha dava o cavaco. Às vezes, sem tirte nem guarte, aparecia um doutor pomada, todo cheio de nove horas; ia-se ver, debaixo de tanta farofa era um doutor de mula ruça, um pé-rapado, que espiga! E a moçoila, que começava a nutrir xodó por ele, que estava mesmo de rabicho, caía das nuvens. Quem queria lá fazer papel pança? Daí se perder as estribeiras por uma tutaméia, um alcaide que o caixeiro nos impingia, dando de pinga um cascão de goiabada.

Em compensação, viver não era sangria desatada, e até o Chico vir de baixo vosmecê podia provar uma abrideira que era o suco, ficando na chuva mesmo com bom tempo. Não sendo pexote, e soltando arame, que vida supimpa a do degas! Macacos me mordam se estou pregando peta. E os tipos que havia: o pau-para-toda-obra, o vira-casaca (este cuspia no prato em que comera), o testa-de-ferro, o sabe-com-quem-está-falando, o sangue-de-batata, o Dr. Fiado que morreu ontem, o zé-povinho, o biltre, o peralvilho, o salta-pocinhas, os alferes, a polaca, o passador de nota falsa, o mequetrefe, o safardana, o maria-vai-com-as-outras... Depois de mil peripécias, assim ou assado, todo mundo acabava mesmo batendo com o rabo na cerca, ou simplesmente a bota, sem saber como descalçá-la.

Mas até aí morreu o Neves, e não foi no Dia de São Nunca de tarde: foi vitima de pertinaz enfermidade que zombou de todos os recursos da ciência, e acreditam que a familia nem sequer botou fumo no chapéu?


Ferro a carvão

Quantas camisas eu passei,
Quantas calças alisei,
Até vestido de noiva
engomei

Ao trabalho nunca me furtei,
Pois de energia não
precisei.

Estava sempre pronto
Quando alguém de mim precisava.
Para que funcionasse, a
mim bastava
Uma mão e carvão em
brasa

Vejam só onde hoje estou,
O progresso me relegou.
Mas a mim isso não
importa.
Pois ainda sirvo de enfeite,
e para SEGURAR PORTA.

Pedro Tadeu

O ferro a carvão, muito usado por nossas avós, e até por muitos de nós, perdeu sua utilidade, exceto nos lugares de extrema pobreza. Com o progresso industrial, foi substituído pelos modernos ferros elétricos, a vapor ou não. Muitas famílias, talvez por apego, ainda o conservam em algum cantinho. Assim como o ferro, muitos eletromésticos e máquinas foram, com o passar dos anos, sendo trocados por outros mais modernos, os quais também ficaram obsoletos. Podemos citar alguns exemplos de substituiçãoes:
  • Batedor de clara de ovos por batedeira;
  • coador de pano por filtros de café descartáveis;
  • máquina de escrever por computador
  • máquina fotográfica por máquina fotográfica digital.
Tudo muda numa velocidade espantosa, carro, celular, computador, calçado, roupa. enfim é inumerável a mudança ocorrida e imprevisível o que ainda vai acontecer, mas de uma coisa podemos ter certeza: todos esses modernos aparelhos de hoje, um dia não passarão de sucatas. Se tiverem sorte, poderão ser reciclados, ou acabar em algum museu.

Palestra com o Sr Darcy, um amigo muito especial, que abrilhantou e encantou os alunos com tanta sabedoria. Dono de uma metodologia incrível ao contar acontecimentos do passado. Os meus alunos adoraram e a cada dia, pedem sua volta com mais histórias do passado.

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