segunda-feira, 19 de março de 2012

Projeto: Revisitando a Idade Média

               
           
Autora: Marisa Aparecida de Souza Oliveira
Centro Educacional SESI – 012 de Bragança Paulista
1ª ano do Ensino médio de 2011 – Disciplina: Língua Portuguesa e literatura


Resumo da Sequência Didática – Revisitando a Idade Média  
 O relato aborda minhas experiências como educadora de uma turma de 1º ano do Ensino Médio de 2011, que valem a pena serem relembradas pelo envolvimento e entusiasmo que nos contagiou.
Os conteúdos abordados foram: O que é literatura, Estilos de Época - O trovadorismo /Humanismo.  Contexto histórico., Cantigas - O amor cantado na idade média e nos dias atuais.
Iniciando assim, momentos prazerosos, de conhecimento dos educandos, aproximando-me deles  na construção do saber, tomando proporções gratificantes nas trocas de conhecimentos e amizade entre professora e alunos.

 
Expectativas de aprendizagem
Ler, interpretar e produzir textos orais e escritos de diversos gêneros, tais como:  cantiga popular, carta pessoal, carta formal, contos populares em prosa e em versos, comédia teatral, cordel diário de bordo, e-mail, poema (epopéia, soneto), relato histórico, sermão, trova entre outros.

• Realizar inferências, estabelecendo, a partir do explicitado, relações implícitas que possibilitem compreender e interpretar as ideias do texto.

• Localizar, selecionar, organizar, relacionar e interpretar informações contidas no texto lido, explicando-as.
              
• Observar, inferir e comparar opiniões presentes em diferentes textos.
                                      
• Identificar as possibilidades de sentido evidenciadas nas construções linguísticas, percebendo-as como constituintes de textualidade e, portanto, da leitura.

• Pesquisar em diferentes fontes informações sobre obras, autores ou temas, comparando e analisando os dados obtidos.

• Interpretar e compreender os recursos expressivos da linguagem verbal, para identificar e distinguir sua aplicabilidade em diferentes gêneros textuais e, além disso, estabelecer relações com os contextos de produção e recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e da propagação de ideias e escolhas, suporte/ portador, tecnologias disponíveis, etc).

• Produzir textos orais e escritos utilizando as estruturas linguísticas aprendidas, fazendo escolhas e adequações ao gênero proposto.


• Reconhecer, interpretar, relacionar e analisar as produções artísticas (literatura, escultura, pintura, música, moda etc.) nos movimentos literários, enfatizando principais autores e obras, para estabelecer comparações entre os diferentes momentos históricos e refletir sobre as transformações sociais.

• Realizar a leitura literária de produções de diferentes movimentos literários da Era Medieval (Trovadorismo e Humanismo), distinguindo suas estéticas, características e especificidades.

• Estabelecer diferenças e semelhanças entre textos literários escritos em língua portuguesa, reconhecendo e valorizando as produções artísticas em diferentes culturas.

• Discutir sobre a função da literatura na transmissão do conhecimento, enfatizando o cultivo da arte literária em diferentes tempos e sociedades.

• Observar, inferir e comparar opiniões presentes em diferentes textos.
Usar a linguagem para opinar, argumentar (idéias e ponto de vista) de modo coerente e coeso, tanto na produção oral quanto na escrita.


Conteúdo: Estilos de Época - O trovadorismo / Literatura portuguesa. Estilo de época. O trovadorismo. Pensamento filosófico. . Contexto histórico. Produção literária. Cantigas de amor, amigo, satíricas. Prosa - novelas de cavalaria.

 
Metodologias/ Desenvolvimento das atividades
Roda de Conversa – Para introdução da sequência didática, questionei os sobre: O que é literatura? Para surpresa, saíram-se bem. Solicitei que escrevem uma definição sobre o tema. Relacionando com as diversas definições de literatura trazidas no cd rom que acompanha o livro didático: Linguagens. Resultando em um painel com as definições do que é literatura.
Atividade 1 - Continuando, para atingir meu propósito  falamos e estudamos sobre as funções a linguagem,e os gêneros literários, analisando e comparando diferentes textos literários, com o propósito de reconhecê-los, analisá-los..., somando a importância destes na literatura.  Concluído tal estudo e avaliado sua aprendizagem, bem como recuperada as dificuldades apresentadas, parti para a atividade 2.
Atividade 2 – Propus a pesquisa das escolas literárias ,  comparando os períodos de existência de cada uma. Socializamos os resultados das  pesquisas, somando a conhecimentos extras trazidos por mim, também no livro didático e demais fontes.
Atividade 3 - Reiniciei abordando o Trovadorismo, solicitei pesquisas sobre o assunto, após socialização oral, abordamos seu contexto histórico, aproveitando de ilustrações, slides, filmes que nos lembravam a época.
Atividade 4 – Partimos para o conhecimentos dos diversos gêneros do período, através de leitura destes textos e análise de cada um deles, tanto grupal, como individual e coletiva.
Atividade 5 – Em sala, vimos as características de cada uma delas, conhecemos as cantigas. Focando sua relação com o contexto da época. E suas características.
Atividade 6 – Para motivação inicial, ouvimos a música “Sozinho”, de Peninha, compositor de MPB, interpretada por Caetano Veloso.

Atividade 7 – Em seguida, apresentei numa transparência a cantiga de amor “Ai, flores, do verde pino”, de D. Dinis, adaptada por Alexandre Pinheiro Torres. Neste momento, esclareci possíveis dúvidas sobre o período, explorando as diferentes cantigas cultivadas na época.

 Atividade 8 -Após a contextualização das cantigas, fixei então, nas relações estabelecidas com a música já apresentada. Estimulei os alunos a perceberem que, embora separadas por mais de 600 anos, ambas as canções abordam essencialmente o mesmo tema. Questionei: Qual é ele? E como o “eu lírico” se manifesta? Existe alguma diferença?

 Atividade 09 -Explorei os recursos utilizados, como linguagem, estrutura, ambiente, etc. E as ideias implícitas em ambos os textos.

Atividade 10 - Propus a turma tomar o papel de um trovador, escrevendo  cantigas. Escreveram muitas, seguindo as características do gênero,apresentaram com instrumentos musicais, porém mais modernos, como o violão. Resultando no Cancioneiro do SESI 012, assim que souberam o destino das cantigas trovadorescas, reunidas em cancioneiros que se encontram em alguns museus. Os educandos empolgaram-se bastante, caprichando e diferenciando a escrita, a fim de aproximar do passado. Até usaram técnicas para envelhecimento do papel.
Atividade 11 – Relacionamos o passado ao presente, e assim organizamos um momento para áudio do amor cantado nas cantigas, ainda existente em nossas músicas. Assim, os educandos buscaram um repertório bastante significante para tal relação. Entre as músicas estavam Roupa Nova, Peninha, Caetano Veloso...
Atividade 12 - Propus Pesquisa em sites das principais obras da época, peças teatrais, cantigas, novelas de cavalaria, poesia, prosa...Leitura e análise dos elementos estruturais das cantigas e das novelas de cavalaria. Utilizei o Livro didático para comparação com as pesquisas essencial para desenvolvimento de atividades.
Atividade 13 – Estudamos as novelas de cavalaria, seu contexto, temas, relação com o presente e então, propus a escrita de um roteiro de novela de cavalaria, ou um enredo, possível de atender ao gênero. Para mobilizar e facilitar a compreensão e visualização assistimos Rei Arthur. Foi possível, os educandos relacionarem outros filmes atuais, trazendo o passado ao presente. O resultado foi muito bom.
Atividade 14 – Problematização e relação passado e presente. Iniciei instigando-os através de um comentário sobre o feminismo. Questionei-os: Será que Amélia, a “mulher de verdade” da canção, é um exemplo para o século  XXI?  
 Atividade 15 - Após propus a leitura de um texto da revista Veja que relata que, durante milênios, as pessoas viviam tórridos relacionamentos, mas não costumavam se declarar apaixonadas e provavelmente nem identificavam com precisão esse sentimento. Somente na Idade Média (do século X ao XV) surgiram no seio da nobreza as formas do chamado amor cortês. As juras de fidelidade eterna e os casos de paixão correspondida - ou não - foram incorporados à sensibilidade e à literatura medievais.
Atividade 16 -  Propus a retomada do que sabem sobre as cantigas. Dividindo a turma em grupos e apresentei slides do quadro “E se Houvesse Mais Lama?” Questionei-os sobre uma situação da imagem.



Atividade 17 - Solicitei que os estudantes debatessem a questão apresentada no quadro “Bons Tempos Antigos”  Para enriquecer as discussões, propus que as equipes também levassem em conta algumas linhas de argumentação contra o machismo. Uma delas foi a do movimento feminista, surgido na década de 1960 nos Estados Unidos e que se espalhou pelo mundo ocidental. Acrescentei comentários instigantes.
Atividade 18 - Chamei a atenção para outra linha crítica, anterior ao feminismo: a dos movimentos socialistas. Abordei sobre o capitalismo e a situação mulheril entre outros.
Atividade 19 - Debatemos a seguinte questão: O companheiro ideal é aquele que tenta mascarar com gestos corteses uma sensibilidade de troglodita? Ou o que, apesar de sua elegância, considera a figura feminina sua propriedade e age com a brutalidade dos homens das cavernas?
Atividade 20 - Encaminhei um exercício que envolve a percepção geral em relação ao comportamento homem–mulher. Dividi os adolescentes segundo o sexo e pedi que cada grupo estabelecesse formas de tratamento que julgam adequadas para as relações de gênero. Sugeri também a indicação de atitudes que, na opinião deles, criam um antagonismo maior na relação amorosa. Abrimos  para uma discussão coletiva. Propus dissertações individuais.



Atividade 21 - Estudo do Humanismo, seguindo praticamente a mesma metodologia, para diagnóstico inicial (pesquisa) dividida em grupos para apresentação (seminário): Contexto Histórico, Características, Principais representantes. Orientarei os alunos sobre como pesquisar. Registrar o conteúdo, linguagem oral...
Atividade 22 - Leitura e comentários sobre Erasmo de Roterdã - O porta-voz do humanismo,  seguida de debate e  observação de imagens.

Atividade 23 – Propus um trabalho mais focado nas obras de Gil Vicente. Após conhecerem o autor, propus a leitura dos autos: Farsa de Inês Pereira e O Velho da Horta, conhecemos alguns trechos de outros autos também para análise e estudo textual.

Atividade 24 – Socialização das leituras: oral, escrita e também dramatização do auto: A Farsa de Inês Pereira. A equipe escolhida adaptou a obra e iniciaram-se os ensaios.

Atividade 25 -  Elaboração de um painel, que anunciasse a peça, incentivando os demais alunos para assistirem a apresentação. Para surpresa da bibliotecária. Uma garota, de um dos anos iniciais do fundamental,visitou a biblioteca à procura da obra, pois estava bastante curiosa para conhecer tal obra.

Atividade 26 – Apresentação da peça: Realizada aos educandos do E. Médio e fundamental II.

Atividade 27 – Estudos para o ENEM. Propus a realização de uma avaliação objetiva, a fim de verificar o aprendizado do conteúdo e colocá-los em contato com questões dos vestibulares, relacionadas às escolas literárias em estudo.


Considerações finais: Fiquei imensamente feliz com os resultados da sequência, uma vez que alcancei os objetivos traçados, bem como pude notar meus alunos compreendendo a literatura, sentindo prazer em estudá-la.

Bibliografias
http://nova/ ESCOLA. Planos de aula de Língua Portuguesa

http://ortaldoprofessor.mec.gov.br/espacoDaAula

Linguagens – Willian Roberto Cereja – Vol .1
Novas Palavras – Emília Amaral - FTD
Revista Veja

http://veja.abril.com.br/saladeaula







Cantigas do Cancioneiro

Onde foi meu amigo?


Amor distante é sem sentido
É loucura na solidão
Onde foi meu amado?
Amor distante é sem razão
É loucura na solidão
Amor distante é sem sentido
É o frio, é falta de abrigo
É loucura na solidão
Amor distante é sem razão
É a dor, é a falta de abrigo
É loucura na solidão
E é frio, é falta de abrigo
Onde está meu amigo?
É loucura na solidão
E é dor, é falta de abrigo
Onde está meu amado?
É loucura na solidão
E o frio é de grandeza sem razão
Onde foi meu amado?
Perdeu-se na loucura, na solidão.
Dom Montecchio



Trovadorismo – O que é belo não morre – Matheus Fagundes


Matheus vivia em Provença, no sul da França. Ele pertencia à cavalaria real e foi um valente cavaleiro que guerreou durante a Primeira Cruzada, o inicio de tudo isso foi assim:
Matheus fazia a guarda real quando o rei de Provença foi informado pelo papa Urbano II que eles iriam rumo ao Oriente para reconquistar Jerusalém.
Grande religioso que era, ele sucedeu ao comando papal, e a pedido de seu rei comandou a 2ª tropa de Provença, seu exercito continha centenas, talvez milhares de bravos soldados motivados a morrer para reconquistar o direito de seu povo sobre a Terra Santa.
E assim os cristãos decidiram declarar guerra aos muçulmanos, estes que proibiram a peregrinação de europeus a Jerusalém.
Então, a tropa caminhou rumo ao oriente, e comandados pelo santo papa, se uniram a todas as tropas de todas as nações europeias, unidos por um único objetivo. Eles caminharam por dias a fio, passaram fome, sede e frio, mas não desistiam jamais, e ao chegarem a Constantinopla receberam a grande noticia de que o Imperador Alexus I iria lutar junto aos cristãos contra os muçulmanos.
Alexus estava muito preocupado com a segurança de seu povo, pois os muçulmanos avançavam rapidamente e logo já invadiriam seu território, dizimando seu povo, e então, por esse motivo ele pôs todas os seus melhores guerreiros a dispor dos cruzados para que estes conseguissem conter os muçulmanos.
Dentre tais guerreiros, um em especial, chamou muito a atenção de Matheus, seu nome era Tainan, ele se mostrou um ousado guerreiro que possuía um grande amor ao seu povo e muita sabedoria em suas palavras. Durante sua longa jornada eles se tornaram grandes amigos.
Então as tropas chegaram a Antioquia que era a terceira maior cidade romana, e palco do primeiro sermão de cristo, esta cidade havia sido dominada pelas tropas muçulmanas, e os europeus passaram dez tortuosos meses para que conseguissem romper a grande muralha da cidade. E ao lutarem juntos Matheus e Tainan mostraram grande sintonia e entrosamento, jamais antes visto, eles pareciam lutar juntos há muito tempo.
Após dizimarem os muçulmanos sem demonstrar qualquer sinal de compaixão, os cristãos voltaram a caminhar rumo a Jerusalém. Ao chegarem as pequenas cidades da Síria os cristãos passaram se qualquer dificuldade, e nessa Matheus e Tainan foram se conhecendo cada vez mais.
Tainan se mostrou uma pessoa que apesar de ousada e engenhosa, era simples e generoso, ele perdeu seu pai quando criança e sua mãe estava muito doente, à beira da morte. Ele zela muito pela vida de seu pai, e que honrara a sua espada até seu último suspiro de vida, pois seu pai havia lhe ensinado tudo o que sabe sobre a vida.
E então as tropas continuaram caminhando rumo a seu destino com um exercito já bastante enfraquecido pela fome e a sede que os rondavam diariamente em sua jornada, com isso eles chegaram a grandiosa Fortaleza de Krak.
Essa fortaleza era até então tida como inexpugnável pois tinha a sua beira um enorme precipício e jamais um cavalheiro havia atravessado tal muralha capaz de causar calafrios ao mais valente dos cavaleiros.
Mesmo com grandes dificuldades os cruzados conseguiram atravessar tal fortaleza, porém, infelizmente muitos ficaram pelo caminho, tais, que não conseguiram resistir a uma das batalhas mais sangrentas já vista. E milhares de soldados se feriram, dentre eles, Matheus que sofreu um grave ferimento na perna, e devido a tais dificuldades, os cristãos decidiram acampar nas proximidades da fortaleza.
Após uma grande maioria se recuperar eles continuaram sua jornada. E assim após mais uma jornada, finalmente eles chegaram ao destino final.
Já era possível avistar Jerusalém no horizonte, isso fez com que ficassem inquietos, pois, passaram por muitas dificuldades para chegar até ali, perderam 10.000 de seus 20.000 soldados, mas mesmo assim não desanimaram.
Eles então ultrapassaram as enormes muralhas que a protegiam e invadiram a magnifica Jerusalém, as batalhas foram marcadas pela superação dos cristãos que mesmo perdendo metade de sua tropa original lutaram até que tirassem as suas vidas sem nenhum sinal de tristeza ou arrependimento, enquanto lutava incansavelmente Matheus pode ver ao fundo Tainan passando por dificuldades, e então decidiu ajudar e ao chegar mais próximo Matheus percebeu que Tainan tinha um grande corte na altura do braço e já estava bastante enfraquecido, ele então caiu, com lagrimas no rosto Tainan não conseguia mais lutar, Matheus defendeu-o, matando aqueles que feriram seu amigo. E com ele em seus braços, Matheus testemunhou os últimos minutos de sua vida, e com suas ultimas forças Tainan revelou um grande segredo. Ele era uma mulher, que se vestia de homem pois havia prometido ao seu pai que vingaria sua vida para todo sempre. Matheus ficou surpreso com a revelação de Tainan, e ao abrir a boca para falar foi interrompido por um suave, porém, firme, te amo. E assim Tainan morreu.
Fim


Dilemas de uma donzela em apuros – Tamires Almeida

             Isso aqui podia ser mais uma história de amor melosa, que conta a história de uma princesa ou no meu caso de uma dama da corte, que se apaixona por um servo, ou seja, um amor impossível.
            Mas não é bem assim.Deixe-me contar a vocês, a minha história de amor, que na verdade não se diferencia muito do que eu disse anteriormente, porém é um caso que merece ser contado, uma verdadeira aventura, não de guerra, mas sim de amor.
Bom, primeiro devo me apresentar.Eu sou Virgulina Maria Taveirós Ascânio,dama da corte de Tangamandápio, mas pode me chamar de Lina.O meu sobrenome não é mera coincidência, Paio Soares de Taveirós é meu primo.Azucrinante…fica exibindo suas cantigas para todo o mundo, como se só ele escrevesse.Coitada da D.Maria, a ribeirinha, ele não larga do pé dela.Mas eu não vou ficar aqui escrevendo sobre meu primo.Eu tenho muito a contar-lhes.
Eu vivo aqui como a maioria das damas.No esplendor?É, até que sim.Com dinheiro?É, também.Feliz?Isso não sei te responder.Grandeza e dinheiro, não vou negar são bons sim.Mas não são eles os encarregados de me trazer felicidade.A verdadeira felicidade, encontro mesmo naquele momento, naquela sensação, que vem e é insaciável, que toma conta de todo o meu ser, aquela sensação de completude, isso te completa, é claro que sabem do que estou falando.Isso mesmo!O almoço.Não tem hora melhor.Muitos dizem que sentem frio na barriga quando olham para a pessoa amada, eu que não quero ter essa sensação, prefiro a saciedade no estômago do que esse frio na barriga.
Outra coisa que a meu respeito devo contar-lhes, e que meu corpo não é um exemplo de perfeição, pois é, estou um pouco acima do peso, outro fato que devo contar-lhes é que tenho 20 anos, mas já estou atrasada para casar.Já fui noiva de inúmeros pretendentes, mas é claro até que eles me conhecessem.Confesso, que além de minha aparência, não sou uma gordinha muito doce.
Certa vez, meu pai disse que devia me casar e não tinha mais como escapar, que já tinha arrumado meu noivo.Então perguntei –lhe:
- Outra vez?! Quem é esse pretendente agora?
-É Dom Frederico Baltrolez, filho do rei de Mandagastar.
-Onde fica esse lugar? Pois nunca ouvi falar.
-É um lugar tão, tão, distante…e ainda está em formação.
-Eu o conheço?
-O lugar, ou Dom Frederico?
-Dom Frederico, pai.
-Ah, não.Mas eu já o convidei e ele virá amanhã.Então, trate de estar bem vestida e seja o máximo agradável.
-Tudo bem.
Lá vem outro boçal, mata-mouros.Alto, louro, olhos azuis…Tudo o que as mulheres querem.Mas não eu!Queria mesmo alguém que gostasse de mim do jeito que sou, sem precisar fazer papel de agradável donzela.Mas amanhã estarei condenada, querendo ou não me casarei com Dom Frederico.
Naquela mesma hora, fui para o jardim para arejar minha cabeça, até aquele dia nunca tinha ido ao jardim.
Estava observando as flores, quando as vi se mexendo.Pensei que era algum bicho e me levantei.Mas ao contrário, tive uma bela surpresa.Por entre as flores apareceu um homem, perguntei-lhe:
-Quem és tu?
Ele nada respondeu.
-Diga-me, quem és tu?
Ele saiu correndo.
Ora mais que homem mais esquivo, até que era bonitinho…Ai que vida…Estou sujeita a me casar com alguém que nem ao menos ouvi falar.Mandagastar, onde fica isto?
Fiquei pensando naquele rapaz que vi no jardim.O olhar dele…Parecia um bicho assustado.Será que é essa a impressão que passo para as pessoas.Elas têm medo de mim?Por quê?
Não há tempo para perguntas e sim para respostas.Sim.Essa é resposta que tenho que dar.
-Filha já preparei a sua roupa.Está prontinha.
-Mãe…
-O que filha, não gostou?
-Não, mãe.O vestido é lindo.
-Então, o que é?
-Como foi quando a senhora se casou com o papai?
-Ah, foi um dia de muita alegria, minha filha.
-Mãe, eu não sou mais criança.Você amava o papai?
-Filha, o amor vem com o tempo.Mas não fique preocupada, você não é a primeira e nem a última que vai casar com quem não conhece.Vocês terão a vida inteira pra se conhecerem.
Mas se quando eu o conhecer não gostar dele?Perguntei a mim mesma.
Fui dormir com essas perguntas em minha cabeça.Foi difícil, ainda mais que como tanto quando estou ansiosa que nem conseguia dormir, pela indigestão.E olha que meu estômago é forte.
Amanheceu.Tomei aquele café da manhã bem farto.Coloquei aquele vestido, que me aperta mais do que vazio no estômago e fiquei a espera dele.Já estava acostumada a essa espera, mas esse tal de Dom Frederico nunca tinha o visto.
Minha mãe veio me chamar:
-Filha, venha que ele chegou.
Não disse nada, apenas desci.
Vi meu pai conversando com ele.Sem novidades.Era alto, louro acho que com olhos claros.O cumprimentei.Meu pai segurou a minha mão.Não entendi.
-Que entre então Dom Frederico.- disse o bonitão.
Como assim, não é ele Dom Frederico?Olhei para a porta e vi um jovem de estatura média, escanelado, desajeitado e envergonhado.
-Co-co-como vai, Virgulina?(disse gaguejando)
Não acredito…Esse é Frederico.Respondi:
-Bem e o senhor?
-B-bem
Olhei para minha mãe com uma cara de interrogatório. Ela fingiu que não me viu.Nenhuma palavra, todos se calaram.Até que meu pai disse:
-Senhoras e senhores tenham a bondade de me acompanhar.O almoço está servido.
Até que enfim!Uma notícia boa.
Durante o almoço, não disse nada, fiquei calada.Tudo bem que eu não suporto aqueles galãs metido à valentões mas ele era muito feio, e o pior não é isso, ele não tem atitude de homem, parece mais um púbere, queria um homem no mínimo que tivesse postura, que não fosse desajeitado e não gaguejasse ao falar.
Nem reparei, mas na verdade acabei me descrevendo.Uma jovem, que não é de grande beleza, desajeitada, baixinha.Só não gaguejo e quanto a ser ter atitude de mulher…convenhamos, pra minha época está bom.
Engraçado.Sempre sou a última a terminar de almoçar, porém Dom Frederico me superou.Não que ele comesse em abundância, mas ele é tão desajeitado com os talheres…nunca vi.Eu sou desajeitada, mas quando se trata de talheres eu sou especialista.
Terminou o jantar e Frederico saiu para meu pai lhe mostrar a região.Enquanto isso comecei a pensar como seria minha vida casada com uma pessoa como Frederico.Nesse caso há dois lados,o bom e o ruim.O bom é que provavelmente ele não tem muita opinião, portanto devo tomar algumas decisões.Mas o lado ruim, é que isso de nada me adianta, pois a mulher não tem opinião mesmo, faz o que mandam fazer, mesmo que este seja um bocó.
No meio de meus pensamentos, vi o vulto de uma pessoa, no corredor.Mas minha mãe não era, pois ela sempre se deita após o almoço.
Era ele, aqueles mesmos olhos assustados.Mas desta vez, não o deixei escapar.
-Vamos me diga, quem és tu?
-Sou Astolfo.
-Mas você trabalha aqui?
-Sim, senhora.
-O que fazes aqui então?
-Eu vim lhe entregar isto.Senhora da minha vida.
Olhou fixamente em meus olhos e saiu.Nessa hora meu coração disparou como nunca havia disparado antes, nunca tive essa sensação.Abri o manuscrito e ali estava escrito:
“Senhora, eis-me aqui
Pertenço a ti de corpo e alma
Sei que não a mereço
Sou teu fiel amante
Mesmo que nunca a tenha
Mesmo que haja um senhor na tua vida
Saiba senhora que serei
Eterno prisioneiro do teu amor
Estou condenado a esta sentença
Diga-me senhora, o que farei?
Se sem o teu amor
Viver não poderei”
Meu Deus.Como pode, alguém demonstrar imenso amor por mim sem ao menos conhecer-me direito. Será que apenas o olhar entre pessoas pode virar amor? Astolfo.Com aquele olhar assustado, quem diria que estaria apaixonado por mim?Já ouvi muitas histórias de servos se apaixonarem por suas damas.Mas apaixonar-se por mim?Nunca podia imaginar.Mas a sensação que tive foi única, bem melhor do que pernil assado…
Mas o que estou pensando?Vou me casar com Frederico, querendo ou não.Afinal, Astolfo é apenas um servo, não tenho futuro com ele, isso é um amor impossível.
Fui para a sala e meu pai já havia chegado com ele.
-Filha, sente-se aqui para conversarmos um pouco.
Fui me aproximando, sentei-me e perguntei:
- Como estão seus pais?
Ele ficou em silêncio.Acho que não devia ter perguntado.
-Minha mãe, anda muito doente, está tendo muitos esquecimentos …
-Entendo, mas há de ser coisa da idade…
-Ela esquece até que sou seu filho.
O que fui dizer…Sou atrapalhada mesmo e o pior é que fiquei com muita pena dele.
-Já o meu pai…este…se foi.
-Minhas condolências.
-Não ele não morreu.Ele foi embora de casa depois que soube que minha mãe estava o traindo com um servo.
Fiquei com a pior cara do mundo.Não acertava uma.Coitado, já não basta a mãe não se lembrar dele, agora o pai foi embora.Pergunte-lhe:
-Você nunca mais o viu?
-Ele me manda cartas e eu sei onde ele mora, mas é muito longe e, é muito difícil ir visitá-lo.
-Entendo.
-Com a sua licença.-diz César, soldado de confiança de meu pai.
-Senhor Augusto, preciso de seu consentimento para tomarmos uma decisão.
-Dom Frederico, com sua licença.
Meu pai saiu e só eu e Frederico ficamos na sala. Um arriscava olhar para o outro , até que nossos olhares se cruzaram, ele tomou coragem e falou:
-Virgulina, sei que não sou aquele noivo que você imagina, sei de minhas limitações, mas quero que saiba…-respirou fundo e pegou a minha mão que estava suando.
-Que por detrás de minha aparência, existe um homem.Mesmo que inseguro, desajeitado, atrapalhado, envergonhado, mas quem não fica, quando se está diante…da mulher da sua vida.
-Sei que pode parecer brincadeira, pois acabei de te conhecer.Mas na verdade estive conversando com seu primo Paio,que me contou verdadeiramente como você é.Teimosa, tem a sua opinião, luta por aquilo que quer e acredita, mesmo que com certas limitações.
Estou cansado de ver donzelas a espera do príncipe encantado, alto, loiro, dos olhos azuis.E de homens querendo aquelas magrelas loiras também, de olhos verdes ou azuis.Não quero isso pra mim.Quero, Virgulina alguém como você.
Fiquei sem saber o que dizer.Só olhava bem para os olhos dele, que não estavam assustados, mas sim apaixonados.
-Com licença.Vamos tomar um cafezinho.-disse minha mãe.
Ainda bem que ela chamou pois não sabia o que dizer e pela primeira vez na vida eu senti o frio na barriga e não era de fome, acho que era de amor.
Como pode?A uma refeição atrás via Frederico como um inútil, mas agora o vejo como a pessoa que me fez ter frio na barriga.Nunca imaginaria que ele tivesse sentimentos tão bonitos a meu respeito.Parecia eu falando.Coisas tão lindas…
Durante o café, eu não sabia o que faria, o que diria, como me comportaria, então preferi ficar calada novamente.Depois pedi licença a Frederico e fui me deitar um pouco.
Cheguei no quarto deitei-me e tentava clarear os meus pensamentos e sentimentos também.Frederico, me surpreendeu, ele me ama do jeito que sou.Nossa!Mas e Astolfo?Sei esse amor é impossível, mas ele me ama também.Quem diria que uma dama gordinha e atrapalhada como eu tivesse dois pretendentes.Se é que posso chamar Astolfo de pretendente.
Ele é um servo, empregado.Mas me admira a sua coragem, de vir até aqui para me ver.Sem falar na cantiga que ele me deu.Astolfo é alto, musculoso, tem um olhar atraente, que faz disparar meu coração.
Já Frederico, não tem tantos atributos físicos, mas sobe tocar na parte mais importante do meu corpo.Não, não é mais o meu estômago, é o meu coração.Dúvida cruel! Sei que o mais fácil e mais correto é me casar com Frederico.Mas como posso casar-me com ele, pensando em Astolfo?
Pensei e cheguei a uma conclusão.Tenho que conversar com Astolfo, só assim poderei solucionar esse problema.Mas como?A primeira vez que vi Astolfo foi no jardim e a segunda foi no corredor aqui.Ambas as vezes foram depois do almoço, justamente o horário que meu pai não está aqui.Até que é esperto esse Astolfo.
Então, já decidi.Amanhã depois do almoço ficarei a espera de Astolfo, pois o único lugar que poderia entrar no castelo é pela entrada nos fundos onde fica o jardim.
Depois desci e Frederico tinha saído para andar um pouco.Fiquei na cozinha beliscando alguma coisa.Pela primeira vez na vida não quis o jantar.Antes que Frederico chegasse subi ao meu quarto para me deitar.Minha mãe, até me questionou:
-Lina, você está bem?
-Estou sim.
-Mas não vai jantar, você sempre janta.
-Eu comi frutas e estou sem fome.Vou deitar.
Assim fiz.Chegando no quarto.Olhei para a janela e vi um homem correndo para o jardim. Era ele, Astolfo.Mas eu não o vi.Será que alguém o viu e ele teve que fugir?Espero que ele venha amanhã de novo.Só assim decidirei com quem devo ficar.
Veio a noite, mal consegui dormir, só pensava o que iria acontecer amanhã, que decisão irei de tomar, com quem irei ficar.
No outro dia de manhã, Frederico foi com meu pai resolver algumas coisas, voltaram para o almoço:
-Filha, não quis jantar conosco ontem, está tudo bem?
-Sim pai, só estava um pouco indisposta.
-Depois do almoço, vá andar pelas redondezas com Astolfo.Assim vocês conversam melhor.
-Depois do almoço…Desculpa, mas não vai dar.
-Por que não, minha filha?-diz com indignação.
-Por que…por que…eu estou com alguns incômodos…-disse colocando a mão na barriga.
-Está bem.Não vai faltar oportunidade pra vocês se conhecerem, não é?
-Claro.-disse Frederico, com o maior desânimo.
Terminado o almoço, minha mãe subiu para o quarto e como de costume meu pai foi resolver seus negócios e Frederico foi com ele.
Eu fiz de conta que subi para o quarto, esperei todos saírem e fui para o jardim.Esperei um pouco, até que vi Astolfo correndo para dentro do castelo.Não podia gritar, senão alguém poderia ouvir.Então, fui atrás dele, mas ele não percebeu.Subi as escadas, mas não vi onde entrou, fui ao meu quarto, não estava lá.Onde estaria ele?
Nossa!Será que entrou no quarto de minha mãe?Coitado…Mas se entrou por que ela não o expulsou.Pra não ficar com essa dúvida.Aguardei um pouco.Mais um pouco até que abri a porta do quarto de minha mãe.
-O que é isso?!
-Filha!
-Como a senhora pôde?
-Filha eu posso explicar…
-Não precisa explicar, eu já entendi tudo.Agora tudo começa a fazer sentido.Você,-apontando para Astolfo- com aqueles olhos assustados é claro que estava com medo…de ser descoberto.Não vinha para me ver, mas sim, ver a minha mãe.A cantiga…a cantiga não era pra mim era pra ela…eu atrapalhei o seu encontro e o jeito era me enganar, me iludir dando a cantiga pra mim…Nunca, nunca mãe.Poderia imaginar que a senhora fizesse uma coisa dessas.As outras mulheres pra mim não importavam se traíam ou não seus maridos, mas a senhora era meu exemplo.Era mãe, era.
Sai do quarto correndo fui para fora daquele lugar, dar umas voltas para arejar a cabeça.Encontrei Frederico:
-O que foi Lina?
Eu o abracei e comecei a chorar.
-Como eles puderam, como puderam fazer isso comigo?
-Do que você está falando?
-De minha mãe…eu acabei de ver ela traindo meu pai, com um servo.Traindo, Frederico, traindo…
-Lina, eu já passei por isso, sei o quanto é difícil.Mas eu estou aqui e vou ficar ao seu lado sempre, é claro, se você quiser.
-Eu prefiro não falar disso agora, quero que me ajude.O que devo fazer?Conto para meu pai, ou não?
-O que sua mãe te disse?
-Não disse nada estava muito assustada e eu também.
-Sugiro que você converse com sua mãe.
-Conversar, com ela?
-Claro, só ela pode te explicar o que aconteceu.
-Está bem.Você me espera aqui?
-Espero.
Fui conversar, com minha mãe mesmo não querendo, pois Frederico tinha razão.Mas nem sei o que vou dizer.Cheguei no quarto ela estava sozinha, chorando.
-Mãe.
Ele voltou-se para mim, se ajoelhou diante de meus pés e implorou o meu perdão:
-Filha, me perdoe, me perdoe.Sei que errei, mas estou arrependida, me perdoe filha…
-Mãe, tente se acalmar e me diga por que fez isso?
-Ele enxugou as lágrimas, sentou-se na cama e falou:
-Filha, eu sou fraca, admiro a sua força, atitude, herdou isso de seu pai.Já eu…não resisti.Foi mais forte do que eu, sabia que era errado, mas mesmo assim, não sei se você entende?
-Na verdade, eu entendo, sim.Mas e o papai e eu?Não pensou em nós?
-Muitas vezes, mas era mais forte do que eu.Eu briguei com ele inúmeras vezes, não queria vê-lo mais.Mas aí, ele aparecia e eu não tinha forças, pra resistir.Por favor Lina, não conte a seu pai.
-Papai, não merece sofrer assim, acho que a senhora é quem deve contar.
-Eu?
-Só assim ele poderá perdoá-la, se a senhora mesmo, lhe contar e pedir o seu perdão e prometer que nunca mais irá fazer isso.
-Está bem.
Terminada a conversa, fui para o jardim, lugar onde Frederico, me aguardava:
-Como foi?
-Conversei com ela e por mais incrível que pareça,compreendi-a, mas não aceitei de forma alguma o que ela fez.
-Você vai contar para o seu pai?
-Não, ela mesmo vai contar.Só assim ele há de perdoá-la.Por mais que ela tenha errado, ela é minha mãe.
Olhei fixamente para Frederico:
-Sabe, sei que fugi diversas vezes de ti, mas saiba que foi por insegurança, minha cabeça estava uma confusão, mas agora depois de tudo isso, minhas ideias se clarearam.Frederico, nunca gostei de homens altos, loiro de olhos azuis, pra mim o que importa é o amor.Estando com você, senti uma sensação única. Você me faz sentir a melhor mulher do mundo!Frederico…eu te amo.
Ele me deu um beijinho, mas dentro de mim parecia, que tudo ia explodir de tanta felicidade.
Assim, aconteceu, minha aventura de amor, meus pais se reconciliaram, e quanto a Astolfo, este nunca mais o vi.Ainda bem. Mas agora só tenho olhos para um homem, meu querido Frederico, meu marido.O homem que me ama do jeito que sou, assim eu também o amo do jeito que ele é.Ele me completa e sempre soube o quanto é bom preencher o estômago, mas o coração…aprendi com Frederico.


A Amplitude e a essência de um Dom! – Aline Aparecida

         Em meio a tantos problemas, medos, sofrimentos, inseguranças, eis um elemento fundamental para todos os relacionamentos, que quando suprimido se torna crucial, o diálogo sincero e fraterno.A estrutura da vida está na conversa, pois  relacionamento encontra-se cravo em nossa trajetória desde que somos gerados.Dialogar é sinônimo de maturidade, responsabilidade, compreensão em meio à sociedade em que vivemos.
Um dialogo é causa de pessoas que sabem compreender, respeitar e se comportar diante de diversas situações que a vida nos impõem. Grande ponte que nos une e dispõem  a aceitar as opiniões adversárias, esclarecendo às expectativas, os sentimentos de uma sociedade que vive cheio de problemas, injustiças, correrias, pressões sociais, familiares, ambientais. É  a melhor alternativa para facilitar a dissolução de sentimentos negativos, amenizar e solucionar os problemas.A falta de um diálogo, pode levar famílias, amigos a um abismo, difícil de se libertar.Dialogar é essencial para direcionar nossas vidas. Muitas vezes nervosos, julgamos errado os opostos, falamos sem pensar; porém quando nos arrependemos, o erro pode ser irreversível, portanto eis a grande finalidade de uma conversa inteligente, sensata, sem maledicência.
Em consequência,de uma atitude tão simples e generosa, que muitas vezes, se encontram submersas as nossas decisões, diante de ocasiões desagradáveis. Um diálogo nos proporciona paz, extrai violências, brigas, discussões do nosso dia a dia. Essa ferramenta é imprescindível na construção de um mundo justo, de relacionamentos amorosos, familiares, sociais. Usufruir, do dom que Deus nos deu, a fala, e optar pela esperança de um mundo melhor, sabendo dar vida à síntese,fazer do anômalo o singelo,do entendimento, uma aglomeração de conhecimentos,  tornando a discórdia, em um perdão, e do futuro, um belo livro de união.
Em virtude aos fatos mencionados, só nos resta admitir que em analogia a vida, e ao futuro da humanidade o diálogo  aberto e verdadeiro é primordial entre os indivíduos, ao enfrentarem situações problemáticas. Visto que este tem tornado tema frequente de discussões, em congressos, debates… Fazendo da conversa a solução, percebemos que nela é preciso falar, ouvir, entender, explicar e acima de tudo aceitar a opinião do outro. Sendo assim, a sociedade estará flutuando em melhores condições de convivência, abolindo definitivamente o estresse e a violência.


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