"Esta Proposta de produção de texto feita em sala de aula pela professora Marisa Aparecida. A ideia inicial era resgatar um dos três primeiros estilos literários portugueses: o trovadoresco, o humanista ou o clássico. Tendo isso em vista, resolvemos utilizar um pouco do etilo clássico criando uma epopeia para contar uma aventura que ao mesmo tempo é heroica e amorosa, destacando alguns pontos clássicos: o uso da razão, a retomada da mitologia pagã misturada à crença cristã, o uso de hipérbato na escrita e o formato das estrofes em oitavas".
" As Palavras das alunas Mariana e Larissa definem a proposta apresentada."
É uma pena, eu não ter conseguido postar as imagens que compõem este livro, pois ele ainda torna-se mais maravilhoso. Desculpe-me, queridas alunas, a minha falha.
ESPADA
&
ESCUDO
Larissa Lopes de Carvalho
Mariana Cintra da Silva
ESPADA
&
ESCUDO
Volume único da Epopeia Milenar
Editora Chaplin
ÍNDICE
Apresentação................................................................................. 3
Dedicatória................................................................................... 4
Prefácio......................................................................................... 5
Espada & Escudo......................................................................... 7
Posfácio....................................................................................... 28
A Proposta.................................................................................. 29
As Autoras.................................................................................. 30
Epitáfio....................................................................................... 33
APRESENTAÇÃO
O texto apresentado neste livro foi desenvolvido por Larissa Lopes de Carvalho e Mariana Cintra da Silva, contando uma história de amor um pouco diferente.
Narra-se aqui a história de Henrique Milenar e Helena Maldonado, que se conheceram e se apaixonaram, mesmo contrariando todas as probabilidades. Ela era filha do rei, enquanto ele era apenas um pobre. No entanto, quando Henrique viu Helena pela primeira vez, apaixonou-se por seus olhos verdes, e ela apaixonou-se por ele também.
Depois de viver cem dias de amor, Henrique e Helena foram separados pela crueldade do rei - pai de Helena - que levou o rapaz para as cruzadas, mesmo este não sabendo lutar. O rei esperava que Henrique morresse lutando, mas por amor o jovem aprendeu a brandir sua espada e retornou depois de cinco anos.
Cheio de esperanças em seu retorno, Henrique tem uma grande surpresa ao entrar caminhando nos jardins do palácio, descobrindo que o amor – que às vezes parece um escudo – pode ferir tanto quanto uma espada, e que atrás de uma espada que fere, pode esconder-se alguém que espera não sofrer, como se ali residisse um escudo, pois o amor é sempre ao mesmo tempo escudo e espada.
Para todos aqueles que acreditam num poder sobrenatural - porém não sobre-humano - chamado amor.
PREFÁCIO
“No fim, descobrimos que amar uma pessoa é ser capaz de abrir mão de estar ao lado dela para respeitar suas escolhas.”
Henrique Milenar
“Às vezes a verdade é oculta e se disfarça de mentira, mas um coração sempre pode compreendê-la sem delongas. Muitas vezes é necessário desistir do que mais se ama para lutar pelo que mais é necessário.”
Helena Maldonado
O que significa amar de verdade? Significa que você pensará mais em uma pessoa que em você mesmo? Que você pensará nela todos os dias? Que você dará sua vida por ela? Que vai criar sonhos e fantasias, imaginando como seria a vida toda ao lado dela? Amar alguém de verdade significa que você vai se casar com essa pessoa, ter filhos com ela, envelhecer ao seu lado e morrer junto a ela? Amar alguém de verdade significa que essa pessoa vai te amar também? Acho que nem sempre as coisas são assim. Amar alguém significa que você vai pensar na felicidade dessa pessoa e nos sentimentos dela como se estivesse pensando nos seus próprios. Significa que você vai apostar tudo que tem com a certeza de que não pode esperar que ela receba. Significa que a sua vida vai mudar por conta dessa pessoa sem que a vida dela tenha necessariamente que mudar por sua causa. Amar alguém de verdade significa que o que você sente será muito maior que o que você tem, faz, pensa ou fala. Significa que se essa pessoa não puder estar ao seu lado você vai lutar por ela, mas saberá a hora de desistir se for o melhor para ela. Amar alguém de verdade significa nutrir um sentimento forte, puro e sincero por uma pessoa e ser capaz de permanecer sem ela. Significa que sua vida será diferente depois de encontrar essa pessoa e você dividirá o tempo em “antes dela” e “depois dela”. Significa que você poderá pensar no “depois dela” sem ela estar ao seu lado e você ainda a amará, e mesmo sofrendo entenderá que nem sempre amamos de verdade quem nos ama. Amar de verdade significa que o sentimento não dependerá de ninguém, que se o amor não for correspondido, ainda será amor. E será eterno.
ESPADA & ESCUDO
Muito falo e pouco sei,
muito corri e pouco cansei,
seguindo de perto a aventura
que em breve contarei.
Que a sabedoria necessária seja a mim concedida
para dizer tudo sem nada a mais,
pois a história desta e de várias vidas
não será vista outra vez mais.
Ao rei poderia dedicar meus versos,
mas aí então eu seria o avesso
do avesso daquilo que é contrário
e não encontraria razão pra este texto.
Então dedico meus versos a Ninguém,
pois Ninguém sabe, Ninguém viu.
Ninguém é perfeito, mas Ninguém é servil
e Ninguém esteve lá também.
Meus versos desenterram o amor,
aquele do qual tanto se fala e nada se tem.
É o amor de um guerreiro que se apaixonou por uma princesa,
é o amor de uma princesa que se apaixonou por ele também.
Nosso herói, no entanto, é um tanto menos nobre do que o esperado,
um pouco mais corajoso, porém,
é um pobre sujo e esfarrapado,
que carrega o semblante de um rei.
Nosso herói tem um nome,
eu vos apresentarei em seguida.
Mas não digo de início como o chamavam
pois ninguém o chamou até o dia de sua partida.
Ninguém sabia como se chamava
e ninguém costumava o chamar,
mas este homem, que mudou sua própria história,
carregava o nome de Henrique Milenar.
E foi num dia sem chuva e sem vento
que ele a viu pelo primeiro momento -
a filha do rei, carregando um cintilante olhar.
E foi quando ele descobriu o que era amar.
Ele não lhe dirigiu uma única palavra,
mas palavras não precisavam ser trocadas.
Estava feito, escrito que a partir daquele instante
suas vidas seriam mudadas.
Ela estava num jardim de tulipas
e as flores reverenciaram seu olhar.
tamanha beleza ela tinha
Henrique não poderia deixar de se apaixonar.
Ao contrário dele, ela tinha um nome conhecido,
um nome constantemente pronunciado.
Então a chamem todos, amigos
Pelo nome de Helena Maldonado.
- Se ela me vir, logo estarei destruído,
pois com um único olhar de desprezo me jogará ao chão.
Nada tenho a oferecer-lhe,
A não ser este coração.
E quanto um coração pode valer?
Que valor pode ter algo que todos têm?
Por que ela escolheria meu coração,
sendo que pode escolher o de um rei?
Henrique falou, mas pouco sabia;
e o que aconteceria depois já nem podia imaginar,
pois de um simples relance ela o veria
e então, eternamente iriam se amar.
A princesa dirigiu-lhe o olhar
e as esmeraldas em seus olhos cintilaram mais.
Henrique estatelou-se, já nem podia falar,
mas se falasse, diria palavras silenciosas.
Então vos digo, caros amigos,
que foi assim que a história começou.
As janelas das almas dos dois estavam abertas,
portanto, uma a outra, cada alma adentrou.
Desde aquele dia, cada coração tem sua paz,
cada paz tem uma oração.
Eles viveram, naquele jardim,
uma centena de dias de paixão.
Mas o rei logo desconfiou,
e fato a desconfiança passou a ser.
Um dia seu escudeiro viu-os juntos
só para que paz não pudessem mais ter.
O rei quis levar Henrique com ele para as cruzadas,
e mesmo sabendo que este não sabia lutar,
queria por em suas mãos uma espada,
queria ver seu corpo sangrar.
Na calada da noite deixou sua amada,
mas nunca a abandonou de verdade.
Em seu coração ela viveria
e por ela sua espada seria empunhada.
Cavalgou junto aos outros até estar bem distante,
no entanto, seu coração ficara para trás.
Prometeu à Helena que voltaria inteiro
e por ela tornou-se um guerreiro.
A espada aprendeu a brandir
e confundiu seus inimigos com a fé.
O sangue adversário escorrendo em sua espada
para ele não era mais que aquilo que a guerra é.
Lutou incessantemente ao lado do rei
e por cinco primaveras não voltou.
Henrique, porém, ainda a tinha na memória –
aquela linda mulher por quem se apaixonou.
Certa vez, enquanto batalhava,
Henrique deparou-se com a incapacidade de lutar.
Mas o rosto daquela mulher o lembrava
que ele tinha um lugar para voltar.
- Será que ela aguarda meu retorno?
Sinto falta daquele sorriso de cristal.
Ó Deus, por que o rei fez isso comigo?
Por que comigo foi tão mal?
E quando Henrique a esquecia,
facilmente a lembrava;
olhava para a lua que crescia
e quando ela estava cheia, ele chorava.
Ele conversava com a lua
na certeza que Helena o respondia.
Assim estariam ligados,
unidos quando a noite surgia.
Do outro lado daquele amor
ela observava também o luar;
colocava nos deuses sua esperança,
esperança de que houvesse uma história para continuar.
Ligados estariam pela luz prateada;
Helena já sabia,
Henrique tinha certeza:
aquele era o poder de proteger a pessoa amada.
E um dia houve certa ocasião,
uma destas que confunde a qualquer um;
Henrique teve uma alucinação
e pensou que estaria perdido.
Viu um anjo confundir seus olhos,
viu a guerra o fazendo fracassar;
achou que não haveria mais jeito,
achou que não poderia mais lutar.
O anjo pairava sobre o campo;
tinha vestes adornadas com diamantes,
feições de uma mulher guerreira,
um escudo de platina e uma espada brilhante.
Anjos não têm gênero nem cor,
mas este tinha feições de mulher e pele clara.
Carregava a perfeição de Afrodite,
mas com a graça de Maria é que chegara.
Henrique não piscou os olhos
Não conteve seu coração
Seria aquilo um aviso?
Seria só imaginação?
Encarou o anjo e esperou uma voz,
uma voz que demorou a chegar;
mas que quando falou
o fez se preocupar.
- Lágrimas em breve cairão
e a força se esvairá;
terás de encontrá-la em seu coração
e então você lutará.
Não é na sua força,
é na força de seu Deus;
ele permitiu que não fosse por causa Dele,
e sim pelos desejos teus.
Henrique ficou perplexo;
palavras não foram pronunciadas.
Nada poderia ser dito;
pois não há tanto poder em qualquer coisa falada.
Contudo, uma força nasceu em seu corpo
e uma esperança surgiu-lhe no coração;
ele continuaria lutando por seu amor
mas acima de tudo estava sua razão.
Quando o sol da manhã chegou,
trazendo consigo uma brisa suave,
Henrique já tinha encontrado na mente sua razão,
e da razão a mente é conhecedora.
Por seu nome, sua reputação,
pela honra do nome Henrique Milenar;
pôs toda a fé em uma oração
e nunca mais sua espada iria vacilar.
A espada reluzente que carregaria
jamais receberia um dano outra vez.
Ele poderia empunhá-la dia após dia,
mas ela ainda reluziria com altivez.
Não era pela fé que ele tinha,
não era pela razão pela qual ele pensava;
era sim pelo seu desejo de sobreviver,
desejo de continuar vivo e voltar pra casa.
Foi por isso que ele lutou
e tanto tempo esteve lutando;
sua vontade permutou,
sua vontade o mantinha guerreando.
E como numa guerra pode haver amor?
Ora, pois desde que um carregue amor para a luta,
a guerra nunca será a mesma
e nela o amor será a vida que transmuta.
A lua sumia e o sol surgia;
a guerra nunca acabaria,
só trazia com ela espadas sangrentas
mais vidas e vidas desgracentas.
Um dia a guerra quis levar o rei;
nas mãos de um mouro ensandecido
ele haveria de cair logo,
deixando ali seu corpo desfalecido.
Henrique até tentaria salvá-lo,
pois seu coração tinha poder;
um poder bom, um poder de fé,
um poder capaz de defender.
Suas tentativas, no entanto, foram em vão
e Henrique nada pôde fazer;
o rei tinha uma espada atravessada no coração
e por isso veio a morrer.
Muitas coisas a guerra faz;
a euforia ela não apraz.
Os motivos que levam à guerra
não satisfazem as mortes que ela traz.
Então que a guerra seja desfeita
e que os corações sejam refeitos;
que as razões sejam mais fortes
e as espadas mais fracas!
Um dia aquela guerra teve fim
e Henrique poderia voltar para seu lugar,
tinha uma grande vontade de reencontrar seu amor,
tinha uma grande vontade de voltar a respirar.
Abandonou a espada,
começou a cavalgar;
foi ver sua amada
para só então se reavivar.
O vento que batia em sua face
reavivava seu desejo de voltar;
ele estaria de volta para Helena,
e todo amor que tinha ele iria lhe entregar.
- Helena, espere por mim;
juro amá-la para sempre.
Voltarei para teus braços
e ao teu lado será meu fim.
Henrique Milenar voltou ao reino
carregando um milênio que poderia trazer seu reinado.
No entanto, não esperava o que viria,
pois seu amor já teria acabado.
Toda a esperança que ele guardava
não era suficiente para o amor de Helena;
ele logo perceberia
que Helena era capaz de magoar, e assim ela faria.
Dada sua chegada ao tão esperado reino de Helena
Henrique viu que ela se tornara rainha;
e a soberana daquele povo belo
ainda em seu coração reinaria.
Portanto, caminhou pelos jardins de tulipas;
outra vez foi encontrá-la,
mas não sabia ainda
que nunca mais poderia tê-la.
Em meio às flores esplêndidas
correu uma garotinha coberta de beleza;
de cabelos loiros e olhos de esmeraldas
ela vinha trazendo a nobreza.
Henrique conhecia aqueles olhos,
pois de outra pessoa não poderiam ser.
Mas se aqueles fossem os mesmos olhos de Helena
ele não saberia o que fazer.
Impossível aquele olhar não ser de Helena;
a garota tinha de ser filha dela
mas se fosse com outro homem,
de que teriam valido todas aquelas primaveras?
Henrique passou cinco anos sem vê-la,
Porém não passou um dia sem amá-la.
Como ela podia ter-se cansado de esperar,
enquanto por ela Henrique aprendeu até mesmo a guerrear?
E aquilo que tirava sua esperança?
Seria frio?
Seria ausência?
Seria, Senhor, só lembrança?
Henrique não poderia entender.
não poderia sequer tentar;
quando foi que Helena tornou-se volúvel?
Quando foi que ela deixou de amar?
A criança olhou-o nos olhos;
aquelas esmeraldas iluminaram seu coração.
Henrique, no entanto, perdeu a fé
pois a esperança que ele tinha foi queimada na paixão.
Encarou a menina e ostentou seu olhar;
lembrou de seu amor pela Helena de anos atrás
e sua ausência fez silêncio por todo o lugar.
Henrique esperou por uma brisa de paz.
A criança tomou sua mão,
puxou-o como um velho conhecido.
Henrique apenas a seguiu, confuso,
ostentou um olhar desentendido.
Seguiram juntos para o palácio
onde um reencontro o esperava.
Henrique finalmente veria Helena,
a mulher que tanto amava.
Quando a olhou, a raiva passou;
desapareceu o sentimento de traição.
O amor – antes perdido - o incendiou,
tomou de volta seu coração.
Helena manteve um olhar de vidro,
o olhou com indiferença.
Ele desacreditou,
colocou sobre ela toda sua descrença.
Porém, ambos lembraram-se do passado;
um passado distante, porém tão próximo...
O passado dos olhares brilhantes,
o passado dos corações relutantes.
Cada promessa, cada beijo...
tudo foi lembrado naquele instante;
cada sonho, cada desejo,
cada memória cintilante.
Mas para Helena já era impossível;
anos atrás ela cansara-se de esperar,
portanto, casou-se com um homem da alta nobreza.
Não podia ser uma traidora, não poderia ousar.
Um menino habitava seu ventre,
ele teria o sangue do nobre;
teria, no entanto, os mesmos olhos da irmã -
que era filha gerada de um pai pobre.
Henrique finalmente compreendeu;
entendeu que Helena não seria sua novamente.
Foi embora antes de saber toda a verdade,
caso contrário choraria na sua frente.
Tomou todas as lágrimas
e fez delas o sangue que o deixava de pé;
tentou esquecer Helena,
depositou nisso toda a sua fé.
Quando deixou o palácio,
Helena o olhava indiferente;
mas num último relance
Henrique encontrou um olhar relutante.
Por um momento as esmeraldas brilharam
e Henrique reconheceu a verdadeira Helena;
no instante em que os olhares se cruzaram
o amor suspirou pela última vez.
Nunca mais viram um ao outro.
Henrique voltou a lutar,
pois se por Helena aprendeu a brandir uma espada,
também por ela poderia a empunhar.
Nunca esqueceriam o que passou,
mas também nunca voltariam a vivê-lo.
O que ficou, ficou.
O que já foi, não voltará a sê-lo.
Por Helena, Henrique amou;
por Henrique, Helena viveu.
Para ambos, Deus orou;
por nenhum, o amor padeceu.
Um amor tão distante, um desejo tão perto;
de um fim incrédulo, de um início que crê.
O fim é belo e certo,
só depende de como você vê.
POSFÁCIO
Essa história teve um fim incerto, onde cada um apenas pode imaginar o que desejar. Henrique amou Helena, mas cada um tem sua própria opinião sobre Helena ter ou não amado Henrique também. No entanto, as incertezas que separaram nosso “herói” de sua amada nada mais foram que acasos do destino, que mesmo tendo acontecido de maneira mais exagerada na história, chegam a acontecer em nossas próprias vidas – de uma maneira mais sutil, porém.
A incógnita do fim da história, sobre a verdadeira descendência da filha de Helena e da verdade por trás do seu amor leva-nos a imaginar o verdadeiro fim da história. Helena realmente amou Henrique? A filha de Helena foi gerada dele? Qual a verdade por trás dos fatos?
Essas e outras questões são particularmente resolvidas por cada um de nós, e nossa crença apenas é confirmada com a capacidade que cada um de nós, pessoalmente, tem de amar.
A PROPOSTA
Esta história surgiu de uma proposta de produção de texto feita em sala de aula pela professora Marisa Aparecida. A ideia inicial era resgatar um dos três primeiros estilos literários portugueses: o trovadoresco, o humanista ou o clássico. Tendo isso em vista, resolvemos utilizar um pouco do etilo clássico criando uma epopeia para contar uma aventura que ao mesmo tempo é heroica e amorosa, destacando alguns pontos clássicos: o uso da razão, a retomada da mitologia pagã misturada à crença cristã, o uso de hipérbato na escrita e o formato das estrofes em oitavas.
Apesar de não apresentar todas as características clássicas, as mais importantes foram ressaltadas, deixando a desejar apenas o uso da métrica decassílaba.
AS AUTORAS
Larissa Lopes
Aos quinze anos, estuda no Centro Educacional SESI 012, cursando o primeiro ano do ensino médio. Na escrita dessa obra, coloca a relevância das emoções e da cronologia dos fatos em um pedestal, prezando a importância de deixar transparecer indiretamente as emoções dos personagens através de versos simples. Expôs as ideias para a parceira e deu apoio crítico e criativo à escrita.
Mariana Cintra
Aos catorze anos, estuda no Centro Educacional SESI 012, também cursando o primeiro ano do ensino médio. Na escrita da obra, prezou as características clássicas – como a medida das estrofes em conjuntos de oitavas, a prevalecência da razão e do antropocentrismo pós-medieval e o gênero epopeia -, importou-se com a sonoridade do texto e com o mistério de deixar informações não esclarecidas na história. Aceitou as ideias propostas pela parceira e transcreveu a história provinda de suas imaginações em forma de versos.
Mariana
Não importa o que as pessoas dizem, não importa quanto tempo leva; acredite em si mesmo e voe alto. Só o que importa é o quão verdadeiro você é, então seja fiel a si mesmo e siga seu coração, pois alguém vigia pela sua vitória.
Título original: Espada & Escudo
Copyright © 2011 por Editora Chaplin Ltda.
Revisão
Gabriel Cintra da Silva | gabriel.cintra@hotmail.com.br
Marisa Aparecida | marisaprof2010@hotmail.com.br
Design e ilustração da capa
Larissa Lopes de Carvalho | lari.l.de.c@hotmail.com
Projeto gráfico e diagramação
Mariana Cintra da Silva | mariana_cintra_silva@hotmail.com
Impressão e Acabamento
M.J Printing House
F.C.C. Papelaria & Encadernação
L1511m
CINTRA, Mariana, 1996
LOPES, Larissa, 1996
Espada & Escudo / Larissa Lopes de Carvalho e Mariana Cintra da Silva.
Bragança Paulista, SP: Chaplin, 2011.
(A Epopeia Milenar; volume único)
1. Romance e aventura
LLC 156
01-2122 MCS 011.010-6
Todos os direitos reservados por Editora Chaplin Ltda.
Rua José Benedito Pinheiro, 44 – Jd. Laranjeiras.
Bragança Paulista, SP.
Tel.: (11) 4035 – 3941 / (11) 4035 – 3286
E-mail: mariana_cintra_silva@hotmail.com
LAGRIMAS DE UMA ROSA VERMELHA
“Oh felicidade adormecida que submersas procuram de volta uma luz análoga ao nosso primeiro encontro.
Se tu soubesses o significado da alegria, dizei-me sobre quem me põe nesta conjuntura, por onde andas esta dama?
Que de tão grandiosa a sua espera tudo parece estar perdido.”
Com as mãos trêmulas e olhos marejados, fechei aquele pergaminho, onde estava cravado os momentos do nosso amor proibido.
Fecho meus olhos e as memórias vêm como grandes turbilhões, cruzando diretamente com o meu coração.
Submersas ficam minhas palavras no ar, tentando dizer o que eu não posso explicar. Tentando entender a razão, para dois corações separados pelas circunstâncias do tempo poderem estar fielmente ligados pelo amor.
Arthur Giampyetre, homem da razão, bravura, beleza descomunal e olhos que atravessavam os portões da minha alma. Este foi o camponês que desafiou os limites impostos pela Igreja, e os limites do meu coração.
Este foi o homem que me tirou a razão, e me deu os sonhos. Tirou-me a estrutura, e me deu proteção. Tudo que até então, estava em vão.
Apesar dos anos que se passaram, sei exatamente o momento que meu coração foi guardado junto ao seu:
-“Eu desafio vocês, fiéis do clero, a provarem que os princípios da Igreja são os corretos a se seguir. Vocês, pobres coitados, vivem impostos pelas regras do catolicismo. A maior proprietária de terras, a instituição controladora da política e da economia, dona do saber.Determinadora das regras de comportamento moral, social e nossos valores culturais.
A igreja impõe as regras e seguimos sem questioná-las, pois estamos cômodos a doar nossas terras para ganhar um pedaço do Céu e eliminar nossos pecados. Mas não percebemos que comprar um bem divino é estar difamando o poder de Deus! Nós cremos que Deus, todo poderoso, é o centro do Universo, porém não podemos nos submeter a acreditar nas blasfêmias do clero, que se intitulam representantes de nosso senhor. Fazem-se de tão superiores, a ponto de não perceberem que são mais pecadores que nós, que agimos de boa fé, e vocês se aproveitam disso com bens divinos para aumentar seu patrimônio.” – Diz Arthur Giampyetre, chamando a atenção de todos na praça.
Ao fundo do espetáculo passava o Rei Ian Joseph Salvatore, e sua Rainha Katherine Pierce Salvatore.
-Ora, o que temos aqui? Um camponês metido a comediante. – Diz o Rei zombeteiro aproximando-se com sua esposa.
-Se ser comediante é questionar e se impor, então sim, sou um comediante.E tenho imenso orgulho de ser um mero camponês,pois assim não carrego em minhas costas a hipocrisia dos ricos – Diz Giampyetre sorrindo. – Olá bela dama. – Diz e ajoelha-se diante da Rainha, que se admira com a beleza do camponês.
- Quanta ousadia para um homem qualquer. Diga-me seu nome!
-Arthur Giampyetre, caro Rei. – Declara olhando para a Rainha, que tem suas bochechas ruborizadas. – Como és bela e radiante,querida dama. – Pega uma rosa vermelha, a beija e entrega nas mãos da Rainha extasiada.
O Rei arrogante diz: – Um simples e pobre como tu, caro comediante, nunca poderá saber o que é ter ao teu lado uma mulher como a minha, pois não tem capacidade para tal grandeza. – Vira-se junto com sua Rainha, sobem na carruagem e galopam até o castelo.
Durante o percurso, a Rainha admirada com tamanha gentileza e ousadia do camponês, não conseguia tirar seus belos olhos verdes de seu pensamento.
Enquanto isso o Rei furioso, tramava uma vingança, contra o pobre rapaz.
Passadas algumas noites estreladas de muito tormento , Katherine recebe um poema:
Pra você guardei um amor puro e verdadeiro,
E hoje aqui como mensageiro,
Estou aqui para exaltar
Que mesmo em fronteiras para sempre irei te amar.
Quando te vi, em você me prendi,
Não posso explicar o que senti, nos seus olhos me perdi.
Não sei como te encontrei, tudo foi mais que sonhei,
Pequenos versos não serão o suficiente para provar que sempre te amei.
Num simples gesto começou minha ilusão,
E hoje te confesso que virou paixão.
Diferenças fazem do nosso amor o céu e o mar.
Porém em seu rosto angelical, não vejo distancia para te amar.
Neblinas submersas na imensidão,
Sem você minha felicidade parece em vão,
Te amo como ninguém,
Quero-te como nunca quis alguém .
Em cada ato uma lembrança ,
Confesso-te que nunca perderei as esperanças,
Mesmo sendo esse amor amordaçado,
No seu coração me encontro desvairado.
Logo que você se aproximou,
Com seu sorriso me conquistou,
Em meu coração sempre você vai estar,
Pois para sempre vou te amar.
Amo-te, em todo tempo,
Amo-te, em todo sentimento,
Amo-te, a cada momento,
Amo-te, amo-te, amo-te.
Para sempre seu A.G
Com os olhos cravados naqueles versos e o coração acelerado, a Rainha não sabia exatamente o que se passava dentro de seu ser, mas se sentiu aquecida por dentro, sensação que jamais sentiu em sua vida, não sabia descrever, mais lhe fazia muito bem.
Porém, o que ao mesmo tempo lhe trazia conforto, trazia-lhe insegurança. Sabia que o sentimento que lhe trazia felicidade suprema, era a proibição e o pecado dos fiéis ao clero.
Ergueu os olhos ao céu e murmurou uma prece a Deus, para que lhe desse forças para suportar as batalhas que teria que enfrentar para viver este sentimento que poderia apenas ser descrito com uma singela expressão : AMOR.
O Rei, juntamente com seus vassalos, discutiam um futuro para o jovem pretensioso que ousou humilhar o suserano na frente de seus súditos.
-Caros senhores, eis aqui algo que exige nossa extrema atenção: O porvindouro de nosso camponês Arthur Giampyetre, que ousou expor-me e gozar-me diante de meu povo. Qual será seu destino? – O Rei, no centro da grande sala, comunica para seus acompanhantes.
Após sua declamação, começou um grande borbulho entre os vassalos.
-Silêncio! – O Rei declama furioso.
- Caro Rei, poderíamos mandá-lo para a guerra, e lá seu destino seria incerto. Simplesmente, o senhor poderia dar alguns trocados em ouro para alguém inferior que sujaria suas mãos com o sangue impuro daquele traidor, sem que o senhor, Rei, envolva-se. – Um vassalo no meio da multidão diz com um sorriso malicioso nos lábios.
- Belíssimas são suas palavras, caro amigo. Que assim seja feito. E devo dizer, que se essas palavras saírem dos portões deste castelo, irei cassá-los e matá-los.
Fora das dimensões do castelo, o camponês sentia seu coração bater aceleradamente na ânsia de uma saudade desconhecida que deste momento em diante, tornou-se sua única razão de viver.
A espera de sua amada, a espera de seus lábios sussurrando promessas de amor eterno. Espera de suas mãos acariciarem sua pele sedosa, e beijando sua boca macia.
Com a imaginação flutuando, decidiu marcar um encontro com sua Katherine, com o pergaminho e a pena em mãos, deu inicio a sua escrita:
Amada Kathe,
Desde que vos vi, não consigo parar de pensar em ti. Dona dos meus sonhos, não imagino uma vida sem ti do meu lado. Sei que grandes montanhas se movem contra nós, mais não há fronteiras que me impeçam de um dia te alcançar.
Não busco mais sentido a minha dor, se não te ter em meus braços. Pode parecer atrevimento, mais este sentimento é o mais puro e o mais forte que um ser humano já sentiu ou poderá sentir.
Meu respirar devo a ti, meu sorriso é por ti e meu coração guardo para que venhas buscá-lo.
Guardei meu amor como um diamante lapidado, para um dia entregá-lo a alguém que o mereça.
O amor é a poesia dos sentidos. Ou é sublime, ou não existe. Quando existe, existe para sempre e vai crescendo dia a dia.
Escrevo aqui no presente, para que no futuro seus olhos possam se lembrar de mim quando sua mente me esquecer, e quando aqui nada mais existir.
Guarde essas palavras minha doce amada, elas vão ser a única verdade que ultrapassará o tempo, e a única prova da intensidade de minha paixão.
Encontre-se comigo, mergulhe no mar de amor que estou disposto a entregar-lhe.
Espero por ti, na primeira lua cheia, no mesmo lugar que lhe entreguei uma rosa vermelha, e que hoje lhe trago um buquê.
Para sempre seu, A.G
Enrolou a pequena folha de pergaminho e pediu para um mensageiro entregar para Katherine. Desejando imensamente que sua presença irradiasse neste éden de sonhos e ilusões.
Com as incertezas e as perguntas mergulhando em seu ser, Arthur flutuou em seu desejo de tê-la em seus braços, de seus corpos entrelaçados num mar de paixão. Com o corpo em ebulição, o camponês foi ao local do encontro esperar a amada.
Extasiada. Era assim que a dama de cabelos escuros se sentia ao pousar seus olhos marejados nas linhas poéticas que eram como espelhos que refletiam os sentimentos confusos que brotaram em seu interior desde que seus olhos pousaram nos seus.
Não sabias como nem porque, mas algo lhe deu coragem para enfrentar todos os obstáculos que seguiriam quando decidisse seguir em frente com esta história.
Obstáculos que punham em risco sua vida, e a existência de seu amante. Porém aquele amor, não media fronteiras e diferenças, a razão foi deixada de lado e o amor foi exaltado.
Na escuridão da noite, a Rainha saiu veladamente do palácio, escondendo-se nas sombras sem ser vista pelos soldados que a vigiavam.
Entre medos e certezas, Katherine, galopou até o jardim onde seu amado estava a sua espera.
Com passos suaves e olhos que se se acostumavam com a noite que era apenas iluminada pela lua cheia, Katherine viu sua felicidade que recebia apenas um nome : Arthur, repousando na grama, observando aquela grande pérola.
- Tu és tão belo, caro amado, que roubastes de mim a razão e deixastes apenas em mim a lembranças de seus olhos.- diz a Rainha aproximando-se do camponês e repousando-se ao seu lado.
Giampyetre vira-se para a sua amada com um sorriso sedutor e olhos com um brilho inigualável:
- Tu és a mais perfeita de todas as Damas, tu és a minha causa, a minha consequência. Tu és minha razão!
-Seu olhar me olhar me reflete, seu abraço me aquece e seus beijos me enlouquecem.
Com os olhares entrelaçados, sublimes eram os cantos dos pássaros que enfeitavam aquele éden, submersos eram os desejos, que naquele simples ato se envolveu.
Arthur inclinou-se sobre sua amada e lá seus lábios se encontram num beijo doce. Suas bocas comunicavam-se com as linguagens dos corpos, em complexos desejos que se unificaram quando, as luzes da lua, consumiram seu amor.
No palácio, o Rei apavorado procurava sua esposa e sem nenhuma resposta, encontra a prova da infidelidade. Com a espada em mãos e um desejo descomunal de vingança, Ian, foi ao encontro dois traidores.
Com os corpos unificados e corações acelerados, Arthur extrai de seu pescoço uma corrente com um pingente de um anjo.
– Para ti entrego, uma parte de minha alma, pois guardo você, meu amor, em minha alma, afinal, meu coração, um dia deixará de bater, entretanto minha alma jamais deixará de existir.E nesta ocasião lhe entrego palavras eternas, de um sentimento puro e verdadeiro:
“Oh, noite estrelada que meu sentimento vem tornar cristalino
Se tu soubesses o significado da vida, dizei-me sobre minha amada, qual é seu destino?
Que de tão grandiosa a sua espera tudo parece estar perdido.
Oh vida que parece estar perdida, a cada ruído um ponto de esperança na imensidão
Se tu soubesses o significado desse amor desatino, dizei-me sobre minha Rainha, a alameda de seu coração?
Que de tão grandiosa a esperança, tudo parece estar embaciado.
Oh amor ardente que caminha na encruzilhada, que aguarda por uma voz lá no alto
Se tu soubesses o significado de saudade, dizei-me sobre por quem suspiro, por onde andas minha paixão?
Que de tão triste a sua espera , sofro perdido e enlouquecido.
Oh felicidade adormecida que submersas procuram de volta uma luz análoga ao nosso primeiro encontro.
Se tu soubesses o significado da alegria, dizei-me sobre quem me põe nesta conjuntura, por onde andas minha Donzela?
Que me deixa tão só, caminhando por mares de incertezas, não podendo ter sua beleza.
Oh noite, que a espera resposta finaliza, estará ocupado esse coração, por outro amor, outra paixão?
Se tu soubesses o significado de tristeza, dizei-me sobre meu passado condenado, por ela um dia fui amado?
Que de tão grandiosa a sua espera, a saudade cada vez me supera.
Oh noite abrilhantada, que junto a mim suspira, sobrevive, luta contra um sentimento.
Se tu soubesses qual é o começo, o meio e o fim, de toda esta procura, dizei-me sobre meu paraíso, por onde andas minha esperança?
Que de tão suntuoso a sua espera tudo parece estar perdido!”
Lendo os versos em voz alta, Katherine vê suas lágrimas rolarem por sua face e mancharem as palavras escritas.
- E para ti, amado, dou-lhe a Lua. – Ela diz enquanto Giampyetre acariciava seu rosto com um sorriso admirado.
- E para que irei querer a Lua? – Ele diz rindo suavemente.
- Para iluminar-te e seguir-te por todos os seus caminhos. Quando caminhar sozinho, olhe para o céu e pense em mim. A Lua irá me representar quando não estiver no seu lado em corpo, e tu saberás, que cada vez que ela brilhar, vou estar pensando em ti. – Kathe declara levantando-se e aninhando-se no peito de Arthur.
- Eu te amo. E este amor será uma das coisas mais eternas deste mundo. – Ele diz selando seus lábios em um beijo de adeus.
Entre as sombras, o Rei inconformado observa com os olhos fulminando, aquela injuria, e com as mãos prontas para sacar a espada, caminha sorrateiramente.
- A luxúria tomou conta de seres inferiores como vocês. Um camponês e uma boêmia, são coisas que não se veem todo dia. E tu, Katherine, jogou ao vento tudo que um dia lhe dei e lhe dediquei. Meu amor não foi o suficiente? Não fui um bom amante a ponto de ter que se vender a um ser inferior? Responda-me! – O Rei ordena com a voz elevada e com temperamento desestruturado.
- Não tem a ver com desejos, digníssimo Rei. Tem a ver com amor, com paixão. Algo que ela jamais encontrou ao seu lado, pois um ser que tem em suas mãos o sangue de inocentes não é capaz de amar. – Arthur diz e coloca seu corpo na frente de Katherine, como uma proteção.
- Mais um sangue será derramado hoje. – O Rei, veloz, crava a espada no peito do camponês e diz: – Ela nunca foi minha, e também não será sua.
-NÃO! – Katherine grita enquanto seu amado cai em seus braços, sussurrando palavras desconexas. A dor que a Rainha sentia naquele momento não poderia ser explicada. Um grande vazio tomou conta de seu peito, fazendo crescer um frio sombrio em seu ser. Um grito silencioso escapou de sua boca, um grito de agonia.
- E tu, cafetina, este será seu futuro. Jogada entre as ruas escuras da amargura. – O Rei diz e afasta-se desesperado.
- Arthur, acorde, meu amor. – Em seu leito de morte, declama um poema:
“Para sempre lembrarei da melodia sussurrada,
No dia que o destino fez nosso acontecer.
Lembrarei de sua voz que o vento soprava,
E levava as palavras “eu amo você”.
Lembrarei das mãos entrelaçadas,
Das promessas seladas,
Lembrarei quando me fazia viajar,
Na história que agora irei contar.
Foi numa noite de luar que te encontrei,
E foi junto às flores que por você me apaixonei.
Algo inexplicável naquele momento aconteceu,
Quando senti meu coração ser guardado junto ao teu.
A magia aconteceu,
O sentimento nasceu,
A atração se viveu,
E o nosso amor se escreveu.
Para sempre lembrarei,
Das pequenas lembranças,
De nossas esperanças,
Do calor de sua pele quando te toquei.
Para sempre lembrarei,
Daquela noite que para você me declarei.
Lembrarei dos dias que vivi,
E do sentimento que contigo conheci.
Pra sempre lembrarei,
Do sorriso que se formou,
Quando seu olhar me encontrou,
Olhos que aqueciam meu coração,
E se acelerava com sua aproximação.
Da junção do meu eu em você,
Que fazia nossas vidas acontecer,
Lembrarei das caricias trocadas,
E das declarações murmuradas
Para sempre lembrarei do nosso tempo,
Que tiquetaqueava nosso sentimento.
Lembrarei dos segredos trocados,
E dos dias passados
Para sempre lembrarei do lugar,
Que me beijava e me fazia navegar,
Para um mundo sem tempo,
Que marcava cada ápice do momento.
Poderei resumir minha história,
No dia em que me encontrou perdida em minha trajetória,
Foi apenas uma lufada de respiração,
Para me pegar em seus braços e dizer:
“Eu sou a resposta para se coração”.
Nosso amor foi delicado,
Algo intenso que pelo destino foi marcado.
Nosso amor durou eternamente,
Ate aquele momento que você se foi para sempre.
Para sempre lembrarei,
Dos teus olhos se fechando,
E dos teus lábios, uma promessa selando,
Uma lagrima dos meus lábios caiu,
Quando para sempre você partiu.
Queria te dizer que mesmo não te vendo,
Estarei te olhando,
Mesmo não te tocando,
Estarei te sentindo,
E com meu pensamento estarei te seguindo.
Porque você é meu desejo,
Porque quando fecho os olhos, você é o único que vejo.
Porque você é minha vontade,
O sonho que vivo na realidade.
Amor puro e verdadeiro,
Que transgrediu por inteiro,
E em um gesto derradeiro,
Despedaçou meu coração certeiro
Amo-te mais que tudo,
Tu és meu mundo,
Sem ti nada faz sentido,
Tudo esta perdido.
Para sempre lembrarei!””
Depois daquela noite mágica e trágica, vivi jogada nas ruas frias da amargura, como o Rei mesmo prometeu-me. Mas não me aborreci com isso, naquele momento em diante, o que fizesse comigo não importaria mais.
Pode parecer impossível que duas pessoas amem-se tão intensamente como nos amamos em tão pouco tempo. Mais amar não é ultrapassar as barreiras do impossível e imaginar que sempre existirá a ilusão dos sonhos?
Guardei os versos que escreveu chorando como um alívio a minha saudade, como um dever do meu amor; e quando houver em mim um eco de saudade, beijo estes versos que meu amado escreveu chorando.
Quando me sinto sozinha e abandonada, olho para o céu e contemplo a Lua, e imagino que através dela, Arthur estará olhando para o mesmo céu e contemplando a mesma Lua, sussurrando ao vento: “Que Saudade”. Belos olhos, belas mentiras para aliviar a dor!
O meu conforto é pensar que jamais estarei sozinha, pois sua alma continua viva em mim, como a promessa feita quando consumimos nosso amor.
Nosso amor foi como o sol, que nasce em todo o horizonte. Foi como a fonte que não seca e jamais morre. Nosso amor tem um passado, um presente e um futuro. Está vivo dentro de mim, e a rosa vermelha que me entregou quando meu coração foi guardado junto ao seu, está comigo, marcando as páginas do nosso amor. O símbolo que é a prova que nosso amor nunca morreu, e jamais morrerá.
Nosso amor será eterno, pois durou uma fração de segundo,mas com grande intensidade, que se cravou no tempo, e nenhuma força o apagará.
Essa professora é perfeita, seu blog esta maravilhoso, assim como suas atividades que alem de criativas , são muito importantes e educativas.
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